Os embarques de carne de frango in natura dos primeiros 14 (quatorze) dias úteis de outubro somaram 229.878 toneladas, volume que, comparado às 267.824 toneladas dos mesmos 14 dias do mês anterior, significa redução de quase 15%
A grande diferença aqui é que, há um mês, transpostos os primeiros quatorze dias do período, restaram à frente apenas cinco dias úteis. Agora, transcorrido o mesmo espaço de tempo, ainda faltam para o encerramento do mês outros oito dias úteis, ou seja, três dias úteis a mais que em setembro. E isso, naturalmente, antecipa volume maior que o do mês anterior – a despeito da redução atual.
Assim, embora a média diária das três primeiras semanas do mês tenha recuado para menos de 16,5 mil toneladas (17.644 toneladas/dia no mês passado) o que se desenha no momento é um volume mensal da ordem de 361 mil toneladas de carne de frango in natura, entre 7% e 8% a mais que o exportado em setembro último.
E uma vez que o volume do mês que passou foi muito similar ao de outubro de 2017 (335.236 toneladas há um mês; 335.193 toneladas há um ano), os índices de incremento anual estarão muito próximos entre si.
O que deve apresentar diferença é a receita cambial. Pois apesar de o preço médio corrente ser 2,2% menor que o do mês passado, o volume maior neutraliza essa queda e a receita prevista, de US$544 milhões, será 5% maior que a de setembro, pouco superior a US$516 milhões.
Já em relação a outubro de 2017 a queda no preço médio é bem mais aguda, de quase 10%. Em decorrência, a receita cambial projetada para o mês deve registrar recuo anual de 3% – uma perda que, para o produtor brasileiro, não faz diferença, visto que o dólar vale hoje pelo menos um terço a mais que há um ano.