Em sua segunda previsão sobre a próxima safra de milho (2018/2019), a CONAB estima produção pouco superior a 90 milhões de toneladas, volume 12% maior que o projetado para a presente safra
Prevê-se, é verdade, algum recuo (-8,5%) no estoque inicial do exercício. Mas isso não deve afetar o suprimento do produto, que pode aumentar em torno de 8% e ultrapassar os 106 milhões de toneladas – o que, se confirmado, representará suprimento recorde na história brasileira do grão.
Quanto ao consumo, a CONAB estima que aumente nos mesmos níveis deste ano e do ano passado (pouco mais de 4%), situando-se em torno de 62,5 milhões de toneladas. Já as exportações podem atingir o maior nível de todos os tempos, chegando a 31 milhões de toneladas.
Para chegar aos 90 milhões de toneladas de produção a CONAB estimou que o volume da primeira safra ficará, aproximadamente, nos mesmos níveis da primeira safra deste ano – cerca de 27 milhões de toneladas, pouco mais, pouco menos. Como, porém, o clima vem se mostrando favorável, essa projeção pode ser superada, mas sem ir muito além dos 2% de incremento.
A expectativa de aumento, portanto, está quase toda depositada na segunda safra. Em relação a ela, a CONAB projeta aumento de 18%, o que significa passar de um volume em torno de 54 milhões de toneladas (“safrinha” estimada neste ano) para perto de 64 milhões de toneladas.
Há riscos desse volume não ser atingido? Se depender do mercado, não. Mas as indicações de um possível retorno de El Niño em 2019 coloca uma grande interrogação sobre a safra do ano que vem. E não só a de milho.