O sobe e desce do mercado da carne bovina vendida no atacado continua. Na semana retrasada, na média de todos os cortes a desvalorização foi de 0,6%, já na semana passada os preços registraram alta de 0,2%
As reações nos preços não foram mais consistentes porque a redução da oferta de boiadas esperada para novembro, ao que parece, ainda não foi acentuada o suficiente para repassar altas para o preço da carne sem osso.
Além disso, o volume de carne bovina in natura exportada em outubro foi 9,8% abaixo do embarcado em setembro, assim os frigoríficos exportadores direcionaram a carne que seria vendida no mercado internacional para o mercado doméstico.
Esses fatores foram os responsáveis por limitar as altas destes produtos.
Mas, o recebimento do salário da massa populacional, associado ao feriado da próxima semana fazem com que o varejo comece a intensificar a procura pela carne, o que pode resultar em aumentos mais expressivos nas cotações dos cortes desossados em curto prazo.
O que ajuda a sustentar essa hipótese é o movimento altista no mercado atacadista de carne com osso. O boi casado subiu 4,0% desde o início deste mês e a carcaça de bovinos castrados está no maior valor das últimas três semanas.
Essa maior movimentação nas vendas no mercado spot da carcaça normalmente indica redução na oferta de matéria-prima. E como esse elo da cadeia é mais sensível e reflete mais rapidamente o comportamento da demanda/oferta, é provável que a queda na oferta esteja ganhando força.
Portanto, a expectativa de consolidação da queda da oferta de boiadas, junto com a melhoria do consumo doméstico podem resultar em um mercado mais firme ao longo deste mês.
Fonte: Scot Consultoria