Após um ano sem grandes oscilações, o preço da arroba deve voltar a subir no próximo ano, quando é esperado o início do ciclo de alta na pecuária de corte, causado pela baixa oferta de animais para o abate
O aumento da participação de fêmeas no abate de bovinos nos últimos anos indica que teremos falta de animais jovens no mercado a partir do segundo semestre de 2019, conforme projeção do analista de mercado da Scot Consultoria, Felippe Reis. “Estamos no terceiro ano consecutivo de crescimento no abate de fêmeas e isso deve impactar na redução da oferta de bezerros a partir do próximo ano, sendo intensificada em 2020”, destacou.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro semestre de 2018 as fêmeas responderam por 46,5% do volume total de abates sob algum tipo de inspeção realizados no Brasil, maior índice dos últimos quatro anos. No mesmo período do ano passado, elas haviam respondido por 43,9%. Em 2016, a participação foi de 40,6%.
Outro componente que deve influenciar esse cenário altista é o bom desempenho das exportações. Reis destaca que a recente reabertura do mercado russo para carne brasileira deve dar um fôlego extra para os embarques no fim de ano e, principalmente, para os de 2019. “A Rússia sempre foi um grande parceiro comercial do Brasil e a retomada desse mercado deve contribuir para o aumento das exportações”.
Em relação ao preço da @ no mercado físico, o analista acredita não haver espaço para grandes oscilações até o final do próximo mês. Embora o consumo de carne deva aumentar com a proximidade das festividades de fim de ano, o analista destaca que a atual oferta de gado é suficiente para atender a demanda.
Fonte: DBO Rural