Aceitos os padrões adotados pela APINCO para estimar a produção brasileira de carne de frango (tendo por base o alojamento interno de pintos de corte) e deduzido do resultado levantado o volume exportado pela SECEX/MDIC, conclui-se que a oferta interna de carne de frango de novembro passado girou em torno das 800 mil toneladas e apresentou acréscimo de, praticamente, 3% sobre o mesmo mês de 2017.
Em relação ao mês anterior, outubro de 2018, o volume disponibilizado representou, nominalmente, aumento de 4%. Mas novembro é mês mais curto, de 30 dias. E isto considerado, o incremento efetivo foi de quase 7,5% de um mês para outro.
(Abrindo rápido parêntese: como, então, mesmo com esse aumento de oferta, em novembro o frango abatido atingiu o melhor preço de 2018? Uma possível resposta: parte dos abates previstos para novembro foi postergada para que as aves então criadas se transformassem nos “frangões” de Natal, ou seja, a disponibilidade efetiva foi menor que a aparente).
Com o último resultado, a oferta interna estimada para os 11 primeiros meses do ano não vai muito além dos 8,483 milhões de toneladas, resultando em um volume 0,68% inferior ao de idêntico período de 2017. Mas esse índice deve cair ou até ser revertido, pois, como foi dito, parte do produto não abatido em novembro alcançou peso bem maior que o padrão.
A registrar, ainda, que nos últimos 23 meses a disponibilidade apontada correspondeu a 69,17% da produção total, o que significa que pouco mais de 30% do total foram destinados à exportação.O interessante é que, com a queda dos embarques no primeiro semestre de 2018, a disponibilidade interna do período chegou a representar 73% do volume total. Já nos últimos cinco meses, com a retomada das exportações e uma produção mais comedida, esse índice recuou para 65%.
Fonte: Avisite