Entidade que representa a agropecuária de Mato Grosso realiza uma reunião sobre o assunto no dia 27 de janeiro.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) está orientando produtores sobre medidas de prevenção contra a influenza aviária, doença que nunca foi identificada no país. O atual surto verificado no mundo e a confirmação de uma cepa de baixa patogenicidade no Chile colocaram a indústria brasileira em alerta.
No próximo dia 27 de janeiro, a Famato, a agroindústria de avicultura de corte e os produtores de ovos do Estado vão se reunir para discutir o início da arrecadação do Fundo de Emergência Sanitária Avícola (Fesavi-MT). O fundo foi reestruturado no ano passado e o setor já estuda a contratação de um seguro para proteger a atividade em caso de constatação da influenza aviária na avicultura comercial mato-grossense.
A confirmação da chegada do vírus ao Chile, na primeira semana de janeiro, fez com que o setor suspendesse as visitas de clientes e fornecedores às áreas de produção para evitar o contato com aves vivas. “O vírus H5N8, o causador da influenza aviária, pode ser transmitido de uma granja para a outra pela movimentação de pessoas, especialmente quando sapatos e roupas forem contaminados, veículos, equipamentos, ração e gaiolas, que também podem carregar o vírus”, disse, em nota, o analista de Pecuária da Famato, Marcos de Carvalho.
A principal forma de transmissão, segundo ele, é por meio do contato direto com fezes, saliva e outras secreções das aves infectadas, estejam elas vivas ou mortas, afirma a Famato. “Ainda existem avicultores que não estão em conformidade, especialmente com relação às instalações menores e mais antigas, que não têm estruturas adequadas com telas de proteção, facilitando assim o acesso de aves silvestres”, afirmou o analista.
O contato entre aves domésticas e migratórias tem sido a origem de muitos surtos epidêmicos. “Para prevenir tais surtos, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) está coletando material de aves domésticas que ficam em um raio de 10 km de um sítio de aves migratórias na região de Cáceres,” revelou Carvalho.
O analista reforçou que outras medidas simples podem impedir a chegada do vírus à granja como, por exemplo, evitar o contato da criação com patos, marrecos, gansos, perus e pássaros silvestres.