Saiba como fica a situação do clima nas áreas produtoras de soja e milho safrinha, e na região da BR-163 no Pará
Segundo informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a colheita da safra de soja 2016/2017 atingiu na primeira semana de março 78,35% da área plantada. As chuvas afetaram os trabalhos em algumas regiões e têm provocado perdas no Estado.
Alexandre Nascimento, meteorologista do Climatempo, afirma que deve continuar chovendo bastante ainda no norte de Mato Grosso, na região que vai de Sinop para cima. “Nas demais áreas, inclusive em Campo Novo, a força e a frequência das chuvas diminui em relação aos meses anteriores, mas deve chover mais do que em março de 2016”, diz. Com isso, a preocupação se volta para a qualidade da soja que chega aos armazéns, uma vez que a colheita foi feita nos intervalos das chuvas e há registro de acúmulo de umidade nos grãos.
Safrinha – No caso do milho, o clima promete colaborar para o desenvolvimento da cultura. “Agora em março, a força e a frequência das chuvas diminuem em Mato Grosso e será possível entrar com as máquinas em campo para concluir a semeadura. Depois, ainda teremos chuva em abril. E em maio e junho alguns rápidos e fracos eventos”, afirma o meteorologista do Clima Tempo.
Clima no Pará – Já no Pará, onde houve recentemente o travamento da BR-163 por causa de atoleiros, o meteorologista aponta para a continuidade de uma situação complicada. “Naquela região da BR-163 deve continuar chovendo bastante em março, e abril ainda será bastante molhado”, diz Nascimento. Segundo ele, é bem provável que voltem a se formar atoleiros na estrada.
Antes do Carnaval, mais de cinco mil caminhões ficaram parados na altura das comunidades de Aruri e Caracol, no Pará. Prejuízos foram estimados em US$ 400 milhões/ dia pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Na última quinta-feira, 2, os reflexos foram sentidos também nos portos, com 11 navios sendo redirecionados do Arco Norte para o Sul. Na ocasião, o ministro da Agricultura falou em perdas milionárias, também por conta de quebras de contrato, e disse que a produção da supersafra brasileira estava indo pelo ralo.
Fonte: Portal DBO