A ausência de barreiras tarifárias e uma logística menos complicada são fatores que tornam o comércio mais atraente
O Brasil busca aumentar as exportações de flores, focando em países da América Latina, principalmente aqueles que integram o Bloco do Mercosul. Essas informações foram divulgadas pela Rede Agropecuária de Comércio Exterior (InterAgro), uma iniciativa conjunta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e da Apex-Brasil.
De acordo com a instituição, apesar dos mercados europeus e americanos possuírem valores comerciais mais elevados, os países do Mercosul oferecem vantagens como ausência de barreiras tarifárias relevantes e uma logística menos complicada. Nesta quarta-feira (22/3), será realizado um seminário sobre o comércio exterior de flores, onde serão debatidas estratégias para aumentar as exportações da floricultura brasileira. O evento faz parte da rede InterAgro.
Setor em expansão
Embora o Brasil tenha passado por dificuldades econômicas, a floricultura apresentou um crescimento médio de 11% ao ano, na última década. O Estado de São Paulo lidera a produção brasileira de flores com 48% do total. Em segundo lugar, vem Minas Gerais (13%), seguida de Rio de Janeiro (11%) e Rio Grande do Sul (4%). Segundo o estudo “Mapeamento e Quantificação da Cadeia de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil”, em 2014, o Brasil movimentou mais de R$ 2 bilhões com a produção de flores.
A Confederação da Agricultura, Pecuária do Brasil (CNA) menciona, que no mercado mundial, as flores que mais se destacam são as rosas, os crisântemos e os cravos. O principal importador de flores são os Estados Unidos que gastou mais de US$ 2 bilhões com o produto, entre 2012 e 2015. A União Europeia e a Rússia também são importantes compradores.
Entre 2012 e 2015, as rosas dominaram o ranking das importações mundiais com 37,3% do total, os crisântemos ficaram com 9,8% e os cravos apareceram em terceiro lugar com 6,6%.
Fonte: Globo Rural