Apontado como um dos mais importantes avanços do sistema produtivo da avicultura nacional nos últimos anos, a compartimentação do sistema produtivo foi tema de encontro realizado nesta segunda-feira (10), em Itaberaí (Goiás). Destacando perspectivas técnicas e conjunturais sobre a compartimentação do sistema produtivo, o evento reuniu representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Associação Goiana de Avicultura (AGA), das Agência de Defesa de Goiás e de empresas como a SSA, Hubbard Breeders e a Cobb-Vantress (primeira empresa a adotar o sistema no mundo). Idealizada e auditada pela OIE, a compartimentação teve na avicultura brasileira seu projeto-piloto, sob coordenação do MAPA e da ABPA.
O programa consiste, basicamente, na estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas de granjas. Com este modelo produtivo, a reação a eventos epidemiológicos será mais rápida e de mais fácil controle, reduzindo os impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, por estar isolado, o sistema compartimentado proporciona melhores garantias de continuidade das vendas internacionais em caso de eventualidades sanitárias.
Conforme o diretor de relações institucionais da ABPA, Ariel Antônio Mendes – que palestrou no evento – o Programa de Compartimentação é uma das mais importantes ações focadas no fortalecimento sanitário da avicultura brasileira e mundial dos últimos anos. “Para as exportações de carne de frango e ovos, a compartimentação é uma espécie de seguro, uma vantagem competitiva frente ao mercado internacional, já que nunca registramos qualquer foco de Influenza Aviária em nosso território. Já para genética, é uma nova possibilidade para a viabilização de exportações para alguns mercados com os quais ainda não temos acordos sanitários firmados”, ressalta Ariel.