Em Mato Grosso, um dos estados mais importantes na produção de milho, os preços de referência para a safrinha já estão abaixo do valor mínimo fixado pelo Governo. Em 2016, o valor subiu e passou de R$ 13,56 para R$ 16,50 a saca de 60 kg no estado. O novo valor fixado tem validade entre janeiro a dezembro de 2017, as informações estão disponíveis no site da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Segundo destaca o consultor de mercado da Ouro Investimentos, Maurillo Marcondes Larios, para setembro, o valor para a saca do cereal está em R$ 14,00. “Esse novo preço mínimo anima os produtores, mas, por outro lado, trava as negociações. Os agricultores não querem vender o produto por esse valor então seguram a comercialização”, completa.
Conforme levantamento do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), até o mês de abril, cerca de 42,93% da safra estimada para essa temporada já havia sido comercializada. No mesmo período do ano anterior, a negociação da safra estava em 82%.
Os números oficiais apontam para uma safra de mais de 24 milhões de toneladas de milho na segunda safra. No ciclo anterior, os produtores mato-grossenses colheram em torno de 15,07 milhões de toneladas do grão.
Ainda segundo dados da companhia, a referência de preços para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso é de R$ 19,21 a saca de 60 kg do grão. Rondônia, o valor também é de R$ 16,50 a saca do cereal.
No Norte, exceto RO, oeste da BA, sul do MA e sul do PI, o valor é de R$ 21,60. No restante do Nordeste, a referência é de R$ 24,99 a saca do cereal. Para a região, o valor é válido entre junho de 2017 e maio de 2018.
