Em um momento em que o mercado internacional da soja vem buscando informações que possam lhe direcionar, o comportamento dos fundos tem sido acompanhado bem de perto pelos traders. Neste momento, segundo explicam analistas e consultores, não há uma brecha entre os fatores que regem os preços que seja capaz de fazê-los voltar à ponta compradora de forma consistente, ao menos por enquanto.
Nesta semana, porém, algumas instituições financeiras começaram a sinalizar perspectivas ligeiramente melhores para os preços da oleaginosa, porém, no longo prazo. Para os últimos três meses do ano, a projeção é de que a média dos futuros da commodity seja de US$ 9,72 por bushel. Já para o intervalo de outubro a dezembro de 2018, as estimativas já apontam para algo próximo de US$ 10,18.
As expectativas de preços em alta mais adiante contrastam com o retorno dos fundos de hedge para uma posição líquida mais curta em Chicago nesta última terça-feira, pela primeira vez em 13 meses. Além disso, o fluxo de recursos tem “bastante espaço para acrescentar algumas posições que, neste cenário de fundamentos negativos, não é uma má ideia”, explica a corretora Benson Quinn Commodities, sinalizando a pressão da grande safra brasileira e mais a área recorde que é esperada para os Estados Unidos nesta nova temporada.
Na última semana, os fundos venderam posições em todo o complexo soja, na medida em que os futuros do grão bateram próximo das mínimas de um ano e observando ainda a forte queda dos preços dos óleos vegetais mundo afora. Segundo explica o analista internacional Bryce Knorr, do portal Farm Futures, os “fundos de hedge dobraram suas apostas negativas na soja adicionando 28,024 contratos em sua posição vendida”.
Fonte: NotíciasAgrícolas