Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições do milho encerraram o pregão desta quarta-feira (3) com ligeiras altas. Os contratos da commodity exibiram valorizações de pouco mais de 2 pontos no fechamento do dia. O maio/17 finalizou a sessão a US$ 3,66 por bushel, enquanto o julho/17 operava a US$ 3,74 por bushel e o setembro/17 era negociado a US$ 3,82 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, os preços do milho continuam sendo direcionados pelas previsões climáticas no Meio-Oeste americano. “As cotações permanecem apoiadas pelas preocupações de que fortes chuvas no Centro-Oeste e em áreas de cultivo no Sul dos EUA forcem os produtores a realizar o replantio”, destacou.
O NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país – reportou que nos próximos 5 a 7 dias as chuvas deverão continuar no Corn Belt. Alguns estados como o Missouri, Illinois e Indiana ainda podem registrar precipitações entre 50 até 80 mm.
Até o último domingo, em torno de 34% da área prevista para essa temporada havia sido cultivada, segundo levantamento realizado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão atualiza as informações na próxima segunda-feira.
Entretanto, a perspectiva é que o tempo se torne favorável mais adiante. “Depois que outro sistema atingir o coração do cinturão produtor de milho essa semana, uma mudança favorável na previsão do tempo é esperada. As temperaturas ainda permanecerão abaixo da média, mas a precipitação deverá ser limitada”, disse Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
Mercado brasileiro
O dia foi de ligeira movimentação aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço da saca subiu 4,35% e encerrou o dia a R$ 24,00 na região de Luís Eduardo Magalhães (BA).
Em Sorriso (MT), a perda foi de 3,57%, com a saca a R$ 13,50. Nas demais praças pesquisadas o dia foi de manutenção dos valores praticados.
Apesar da estabilidade, o mercado permanece pressionado negativamente pela perspectiva de uma grande safrinha, de acordo com os analistas. Até o momento, o clima tem se mostrado favorável em grande parte das regiões produtoras para o desenvolvimento das lavouras de milho.
Paralelamente, as exportações do cereal caminham mais lentamente nessa temporada, apesar os embarques serem mais expressivos no segundo semestre. Em abril, o volume exportado ficou em 154,7 mil toneladas de cereal, informou a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O volume representa uma queda de 53,2% em relação ao embarcado no mesmo período do ano anterior, de 367,6 mil toneladas. No mês de março, o Brasil exportou 243 mil toneladas de milho.
Além disso, os produtores de Mato Grosso também esperam pelos leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e Pep (Prêmio para o Escoamento) e contratos de opção que serão realizados nesta quinta-feira (4). Ao todo serão ofertadas 400 mil toneladas do cereal, com prêmio de até R$ 3,40. Também serão ofertados 7,4 mil contratos de opção.