O frango vivo comercializado no interior paulista percorreu os cinco primeiros dias de negócios de maio com a mesma cotação alcançada em 31 de março passado: R$2,50/kg. Ou seja: completou 37 dias sem qualquer alteração no valor referencial, o que significa que caminha para a sétima semana (tempo aproximado de criação de um lote de frangos) com seu valor de venda em total estabilidade – exceto naquelas ofertas sem qualquer programação prévia, negociadas por valores inferiores a esse referencial.
De toda forma, nas negociações efetuadas no último sábado (6) mudou o ambiente de negócios, fraco ou calmo nos 36 dias anteriores. Pois, a despeito da manutenção do preço, o mercado tornou-se firme, antecipando que nesta semana (preparatória do Dia das Mães) as vendas serão ativas e podem, até, propiciar alguma correção no preço praticado.
Se isso ocorrer, elimina-se a similaridade de valores ora observada. Pois a variação de preço “zero” que o frango vivo registra em relação ao mês anterior se aplica também a maio de 2016, ocasião em que o frango vivo entrou e saiu do quinto mês do ano com o mesmo valor nominal atual.
A registrar que, um ano atrás, após encerrar maio e iniciar junho com os mesmos R$2,50/kg, logo nos primeiros dias do novo mês o frango vivo iniciou processo de alta que só cessou em agosto, quando atingiu a marca dos R$3,25/kg. Obteve, assim, valorização de 30% em pouco mais de 60 dias – ganho de quase meio por cento ao dia.
Em 2017 esse processo tende a se iniciar antes. Porque, além da maior demanda para o Dia das Mães, vem sendo prevista menor disponibilidade diária de aves vivas na segunda quinzena de maio – efeito da Operação Carne Fraca que, ao assustar o setor, levou-o a reduzir os alojamentos nas semanas subsequentes à divulgação (17 de março).
Desta vez, a perspectiva de uma valorização da ordem de 20% no decorrer deste mês não é algo remoto. Mesmo porque, apenas nos quatro primeiros dias de negócios de maio, o frango abatido (base: resfriado negociado no Grande Atacado da cidade de São Paulo) já obteve valorização de 6% em relação ao último preço de abril.