A nova estimativa para o cereal de segunda safra ficou acima das 61,4 milhões de toneladas estimada previstas em abril
A Consultoria AgRural divulgou uma nova estimativa de produção de milho de segunda safra, elevando sua projeção para 63,6 milhões de toneladas, ante as 61,4 milhões estimadas em abril. Em comparação com o resultado do ano passado, o aumento da colheita da “safrinha” será de 22,6 milhões de toneladas.
Na última temporada, houve forte quebra na safra em algumas regiões do Brasil.Segundo a AgRural, a produção do milho safra no Centro-Sul do Brasil, que em abril foi calculada em 57,7 milhões de toneladas, foi elevada agora para 59,8 milhões de toneladas em maio, graças ao clima favorável e à expectativa de aumento de produtividade em praticamente todos os estados da região.
A produtividade média estimada subiu de 94 sacas para 97,3 sacas por hectare.A consultoria acredita que se as condições climáticas continuarem colaborando com as lavouras ao longo de maio, a produtividade deverá se aproximar ou mesmo superar o recorde de 99,2 sacas observado em 2015.
O total de milho segunda safra projetado pela AgRural leva em conta os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Norte/Nordeste, que foi de 3,8 milhões de toneladas no levantamento divulgado no mês passado.
O analista Fernando Muraro, sócio-diretor da AgRural, comenta que em relação à estimativa de abril houve aumento na estimativa de produtividade de todos os estados do Centro-Sul, com exceção de São Paulo (estável) e Minas Gerais, que teve redução de 0,8 saca, para 89 sacas por hectare, devido à estiagem na porção noroeste do estado.
Entre os aumentos, destaque para o incremento de 7,5 sacas por hectare feito em Mato Grosso do Sul que, com clima bastante favorável até agora, tem média projetada em recordes 95,1 sacas.
A consultoria elevou sua estimativa de produtividade média em Mato Grosso em 3,9 sacas, para 99,8 sacas por hectare. “Em pontos da região norte do estado, 90% do milho já está com a produção garantida. Em Goiás, a produtividade é estimada em 101,2 sacas, com aumento de 3,2 sacas em relação a abril. Na região de Rio Verde, estima-se que metade do milho já esteja a salvo de perdas. No entorno do Distrito Federal, as chuvas estão irregulares, mas ainda não se fala em prejuízo”, diz Muraro.
No Paraná, houve incremento de 0,7 saca na produtividade, que agora é estimada em 97,2 sacas. Apesar do frio no fim de abril, não houve registro de estragos por geada. Na região oeste, pancadas de chuva na semana passada garantiram boa umidade e
aproximadamente 30% do cereal já está com produtividade definida. Em São Paulo, a produtividade foi mantida em 79,6 sacas por hectare.
Mais milho
A AgRural também elevou sua estimativa de produção de milho verão na safra 2016/2017 dos 30,2 milhões de toneladas divulgados em abril para 30,8 milhões agora em maio. Em relação ao mês passado, houve aumento na produtividade dos estados do Sul e também em Minas Gerais. Esta foi a última estimativa da AgRural para a produção de milho verão no ciclo 2016/2017. A estimativa de intenção de plantio na safra 2017/2018 será divulgada no início de agosto.
Mais soja
A estimativa de produção de soja na safra 2016/2017, que já havia subido para 111,6 milhões de toneladas no início de abril, foi ajustada novamente para cima, agora para 112,3 milhões de toneladas. O aumento deveu-se a revisões nas produtividades médias dos três estados do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará e Maranhão.
A produtividade desta safra é recorde para todos os estados do Centro-Sul, que fechou com média de 56,4 sacas por hectare. As 55,7 sacas por hectare calculadas para o Brasil também são recordes. Para o Norte/Nordeste, a estimativa da AgRural é de 51,3 sacas por hectare, atrás apenas das 52,9 sacas colhidas na safra 2010/2011.
Muraro observa que a estimativa é a última AgRural para o ciclo brasileiro 2016/2017. A estimativa de intenção de plantio de soja na safra 2017/2018 será divulgada no início de agosto.
Fonte: Revista Globo Rural