Em abril, produtor precisou de 2,65@ de boi gordo para comprar uma tonelada do grão
O milho é um dos principais ingredientes das rações dos bovinos. Com o início da colheita do milho segunda safra em Mato Grosso o preço do cereal vem registrando consecutivas desvalorizações. Desta forma, isso é favorável para o pecuarista que utiliza este ingrediente na dieta.
De acordo com o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ao analisar-se a relação de troca com o boi gordo, em abril, para comprar uma tonelada de milho o pecuarista dispendeu 2,65 arrobas de boi gordo, esse valor é o menor desde dezembro de 2015 e 7,48% menor em comparação a março deste ano.
“O momento é de oportunidade para os confinadores e também para aqueles que estão com condições de pastos ruins, pois a colheita das 28 milhões de toneladas de milho está apenas no início, e quando este montante estiver de fato no mercado, as cotações podem cair ainda mais”, concluiu a publicação.
Quedas por praças – Na última semana, o Imea havia destacado a queda de 83.130 animais abatidos em Mato Grosso em função da operação Carne Fraca.
O instituto destaca que dos 141 municípios do Estado houve diminuição no volume abatido em 108, com destaque para Vila Bela da Santíssima Trindade, São José do Xingu, Cáceres, Barra do Bugres e Pedra Preta, que juntos reduziram seus abates em 20,25 mil bovinos no comparativo entre os meses de março e abril deste ano.
O levantamento mostra que mesmo em regiões onde não houve férias coletivas ou paralizações (oeste, nordeste e médio-norte), o abate de bovinos recuou consideravelmente em função do pecuarista segurar seu gado na fazenda, protegendo-se de ofertas abaixo da referencia.
Fonte: Imea