Após leve alta na véspera, as cotações futuras do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam na quarta-feira (24) com queda de pouco mais de US$ 30 por tonelada ainda sem novidades fundamentais que estimulem avanços no mercado
Com essa baixa, o mercado se distancia ainda mais do patamar de US$ 2.000 por tonelada.
O contrato maio/17 encerrou a sessão cotado a US$ 1877,00 por tonelada com queda de US$ 31, o julho/17 registrou US$ 1905,00 por tonelada e recuo de US$ 31 e o setembro/17 anotou US$ 1924,00 por tonelada com desvalorização de US$ 31.
De acordo com informações reportadas pela agência de notícias Reuters na véspera, o mercado está lutando para encontrar um fundamento. A indústria parece estar bem abastecida. Negociadores disseram que parecia haver um grande fundo no mercado, que poderia liquidar se a recente tendência de baixa continuasse.
Na terça-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta, tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 410,06 com recuo de 0,87%.
Bolsa de Nova York cai cerca de 50 pts e vencimento segue em US$ 1,30/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operaram com baixa próxima de 50 pontos na manhã da quarta-feira (24) e estenderam as perdas registradas na véspera. Essa já é a terceira sessão seguida no vermelho. O mercado segue repercutindo as informações sobre a oferta do grão na safra 2017/18, o câmbio e, em menor intensidade, as chuvas que atrapalharam a colheita em algumas áreas do Brasil.
Por volta das 12h40 (horário de Brasília), o contrato julho/17, referência de mercado, registrava 129,65 cents/lb com 60 pontos de queda, o setembro/17 estava cotado a 132,00 cents/lb com baixa de 65 pontos. Já o vencimento dezembro/17 recuava 50 pontos, a 135,65 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha desvalorização de 50 pontos e estava sendo negociado a 139,05 cents/lb.
Apesar da baixa nesta quarta, as cotações futuras do arábica na ICE seguem próximas do patamar de US$ 1,30 por libra-peso ainda repercutindo as informações sobre a oferta global. Em menor intensidade, já que seria um fator altista, os operadores acompanham as informações sobre a colheita no Brasil, que foi afetada pelas chuvas nos últimos dias.
O câmbio também atua como fator baixista na Bolsa de Nova York. Às 12h32, o dólar comercial subia 0,26%, a R$ 3,2634 na venda, com investidores ainda atentos à cena política no Brasil, mas apostando que isso não impacte a tramitação de importantes reformas no Congresso. O dólar mais alta em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.
“É impossível para o café ter forças de fazer um movimento acentuado de alta dentro deste cenário, ainda que tecnicamente na sexta-feira a performance tenha sido positiva. O grau de incerteza que vai rondar o Brasil pode servir de alento para uma eventual compensação de perdas do contrato “C”, via o enfraquecimento do real, permitindo que o produtor consiga receber o mesmo tanto de reais por saca”, explicou em relatório o analista de mercado e diretor da Comexim, nos Estados Unidos, Rodrigo Costa.
No Brasil, também por volta das 09h40, o tipo 6 duro era negociado a R$ 450,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 465,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 444,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país, apesar de algumas transações serem vistas na semana passada.
Fonte: Notícias Agrícolas