Crédito disponível será de R$ 30 bilhões até 2018 a taxas de 2,5% a 5,5%, praticamente o mesmo pacote lançado no ano passado
Apesar do cenário favorável à queda da Selic (taxa básica de juros que é referência para o mercado) e de ligeira melhora da atividade econômica no Brasil, o governo manteve os recursos destinados ao financiamento da agricultura familiar.
O presidente Michel Temer prometeu R$ 30 bilhões em financiamento aos pequenos produtores rurais do país e a juros que variam de 2,5% a 5,5%, dependendo da linha contratada.
O montante e as taxas são os mesmos do pacote lançado no ano passado. É a primeira vez em duas safras que o governo decide não engordar os recursos destinados ao financiamento da produção agrícola familiar. De 2015 para 2016, a oferta de crédito para os pequenos agricultores aumentou cerca de R$ 8 bilhões (de R$ 22,1 bilhões na safra 2015/2016 para R$ 30 bilhões em 2016/2017).
Poderão contratar financiamento público a taxas de juros mais baixas (de 2,5%) aqueles que produzem alimentos que compõe a cesta básica e também produtos orgânicos ou agroecológicos. Quem investir em técnicas sustentáveis, como equipamentos de irrigação, fontes de energia renovável e armazenagem também devem conseguir taxas mais atraentes de financiamento. Entre os produtores beneficiados por essa política estão os de arroz, feijão, batata, cebola, mandioca e hortifrúti.
Agricultura familiar no Brasil é responsável por 70% do abastecimento interno de alimentos
A Agricultura familiar é a principal responsável pela comida que chega às mesas das famílias brasileiras, e responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o País.
O pequeno agricultor ocupa hoje papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado brasileiro: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%) são alguns grupos de alimentos com forte presença da agricultura familiar na produção.
Com melhores condições de crédito e a ampliação de mercado por meio de programas como o de aquisição de alimentos, a agricultura familiar segue estruturada e com investimentos crescentes.
Fonte: Revista Globo Rural
Edição: Agronews