Feijão caupi é o carro chefe dos negócios, mas o interesse dos indianos passa por outras variedades como mungo, guandu e pulses como grão-de-bico e lentilha
De acordo com Seema Khulbe, da Gree Globe Grains, a população cresce a cada dia. O país tem uma população de cerca de 1,3 bilhão de pessoas e há uma projeção para uma população de 1,7 bilhão em 2050. O PIB cresce 7% por ano e o país tem tudo para este movimento ser anual, com o poder de compra aumentando em conjunto.
O país possui a maior população de classe média do mundo. Melhorando o poder econômico do país, a alimentação é um dos primeiros fatores que crescem. Os pulses são base fundamental da alimentação, uma vez que 40% dos indianos são vegetarianos. Uma parte da população não-vegetariana come carne apenas de maneira moderada.
98% da área de agricultura na Índia “já está tomada e não tem para onde crescer”. O nível de tecnologia também é baixo, mas a demanda é crescente. Hoje, o consumo é de quase 24 milhões de toneladas.
Neste momento, o Brasil tem uma participação extremamente pequena no mercado indiano, ao mesmo tempo em que é o 5º maior produtor de feijão no mundo. O país exportou apenas 30 mil toneladas de feijão caupi no último ano.
Khulbe destaca que a exportação dos feijões mungo branco e preto, do grão-de-bico branco e preto, do feijão guandu e da lentilha seria bastante atrativa para os indianos.
Já existe um interesse do Brasil de ser exportador para a Índia. Segundo ela, os governos estão se falando, mas ainda é necessário “um pouco mais de coragem” para participar desse mercado, como ela salienta.
Fonte: Notícias Agrícolas