Dados da SECEX/MDIC apontam que o volume de carne de frango exportado pelas cooperativas brasileiras nos cinco primeiros meses de 2017 aumentou mais de 5%
E como o preço médio obtido valorizou-se quase 11%, o resultado final foi uma geração de receita cambial 16,59% maior que a de idêntico período de 2016.
O aumento no volume ficou todo concentrado nos cortes de frango (+8,29%), pois o volume de carne salgada recuou 21,65%, o de industrializados 12,61% e o de frango inteiro 9,31%.
A valorização no preço médio também se concentrou nos cortes (+14,39%), ainda que industrializados e frango inteiro também tenham registrado ligeira melhora de preço (+ 2,87% e +0,76%, respectivamente). Ou seja: a carne salgada teve queda de preço, em valor próximo de 1%.
Como efeito desses desempenhos, o aumento de receita do setor ficou centrado exclusivamente nos cortes, valorizados em quase 25%. Mas esse ganho se diluiu com a queda de 22,46% na receita da carne salgada, de 10,10% nos industrializados e de, praticamente, 9% no frango inteiro.
Nesses cinco meses, a receita cambial das cooperativas com a carne de frango representou 20,61% da receita cambial do setor cooperativo, aumentando 3,90% em relação a idêntico período de 2016. Já em relação à receita cambial total da carne de frango a participação das cooperativas ficou em 17,97%, aumentando 7% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.
Notar, a propósito, que o resultado das cooperativas com a exportação de carne de frango vem sendo melhor que o das exportações globais do produto. Pois enquanto o volume total exportado nesses cinco meses retrocedeu quase 6% em relação a janeiro-maio de 2016, o das cooperativas aumentou mais de 5%. E enquanto a receita cambial global da carne de frango evoluiu quase 9%, a das cooperativas cresceu 16,59%.