Embora ainda preliminares, os últimos números do IBGE relativos à produção brasileira de ovos de galinha, quando comparados com os dados divulgados um ano atrás, apontam aumento da ordem de 5% no primeiro trimestre de 2017
O detalhe, neste caso, é que todo esse crescimento esteve concentrado exclusivamente nos ovos de consumo. Ou seja: no período, a produção de ovos para incubação sofreu retração.
Conforme o IBGE, a produção global do período somou 788,255 milhões de dúzias – o equivalente a, aproximadamente, 9,5 bilhões de unidades ou cerca de 26,3 milhões de caixas de 30 dúzias.
Desse volume, 624,4 milhões de dúzias – 79% da produção total – corresponderam a ovos destinados ao consumo humano. Comparativamente ao mesmo trimestre de 2016, eles apresentaram aumento de 8,73%
Os restantes 21% estiveram representados por ovos de incubação, a maior parte deles destinada à produção de pintos de corte. Somaram 163,8 milhões de dúzias, volume 6,16% inferior ao divulgado no ano passado.
Notar, pela tabela abaixo, que os ovos de incubação vêm registrando sensível perda de participação na produção brasileira de ovos. No primeiro trimestre de 2015 corresponderam a 24,23% do total produzido. Um ano depois, esse índice recuou para 23,31%. Agora, no primeiro trimestre de 2017, situou-se em apenas 20,78%. Isto, além de corresponderem ao menor volume do primeiro trimestre dos últimos três anos.
Essa queda, está claro, é reflexo sobretudo da redução da produção brasileira de carne de frango. Assim, por exemplo, dados da APINCO mostram que no primeiro trimestre de 2017 a produção de pintos de corte sofreu recuo de 6,81% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice, como se constata, está muito próximo do apontado pelo IBGE para os ovos de incubação: menos 6,16% no trimestre.