País do sudeste asiático aceitou certificado zoossanitário que vinha sendo negociado com o Mapa
Brasil já pode exportar embriões de bovinos e bubalinos para a Malásia. A autorização do governo do país asiático foi comunicada ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última sexta-feira (30). No primeiro semestre deste ano, outros dois mercados do sudeste da Ásia também haviam liberado a compra de material genético bovino e bubalino brasileiro: Vietnã e Myanmar.
A negociação do Mapa com o Departamento de Serviços Veterinários da Malásia para aceitação do Certificado Zoossanitário para a Exportação de Embriões de Bovinos e Bubalinos começou em fevereiro deste ano. Em maio, técnicos brasileiros e malaios tiveram encontro na França, paralelamente à Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A reunião foi fundamental para a abertura do mercado, na avaliação do DSA. O encontro serviu para que o Mapa esclarecesse os controles sanitários empregados no Brasil para coleta e processamento de embriões. O trabalho segue as recomendações do Código Sanitário de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e no Manual da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões (IETS, na sigla em inglês).
De acordo com o DSA, a ampliação do acesso a novos mercados importadores de bovinos e material genético é decorrente das conquistas sanitárias obtidas pelo Brasil na última década. Entre elas, a ampliação das áreas livres da febre aftosa, o status de risco negligenciável para a encefalopatia espongiforme bovina (mal da vaca louca) e o reconhecimento do país como livre da pleuropneumonia contagiosa bovina (PCB).
Outro fator que reforça a aceitação por parte de países estrangeiros para importar material genético bovino é o reconhecimento internacional do excelente nível de tecnificação e de biosseguridade dos estabelecimentos onde se realizam a coleta e processamento dos embriões. Também contribui o fato de o Brasil ser obtentor de bovinos reprodutores de origem taurina e zebuína de alto grau de genética, que tem potencial de melhorar rebanhos estrangeiros, com vistas ao incremento da produtividade de carne e leite.
Países de clima sub-tropical e tropical, destaca o DSA, reconhecem o Brasil em razão do trabalho de melhoramento genético bovino realizado nos últimos anos, como provedor de sêmen e embriões de raças zebuínas como insumo a ser utilizado na implementação dos seus programas nacionais de desenvolvimento da pecuária, com enfoque no aumento da produtividade e da qualidade de leite e carne.
Fonte: Mapa