Normalmente, as exportações de carne de frango do segundo trimestre de cada exercício são maiores que as do trimestre inicial do ano
Por várias razões, mas sobretudo porque o Hemisfério Norte, principal destino do produto brasileiro, sai do recolhimento típico (inclusive comercial) que marca os meses de Inverno.
Exemplificando (e sem retroceder muito no tempo), nos quatro anos decorridos entre 2013 e 2016, o volume exportado no segundo trimestre foi, em média, 14% superior ao do primeiro trimestre, com pico de 18,58% no ano passado.
Mas não só isso. Pois, em outro exemplo, considerando apenas o triênio 2014-2016, verifica-se que o total embarcado no segundo trimestre do ano civil tem superado o que foi registrado no mesmo trimestre do exercício anterior. Em 2015 o incremento anual foi de 5,63% e subiu para quase 16% em 2016.
Mas isso tudo se perdeu em 2017. Porque, aparentemente pela primeira vez na história das exportações de carne de frango, o volume embarcado entre abril e junho foi menor que o registrado entre janeiro e março. Mas pior ainda foi o retrocesso em relação ao mesmo trimestre de 2016: queda de 14,50%.
É interessante ressaltar que esse desempenho significou a subversão total das expectativas existentes no início de 2017. Pois então, pela primeira vez no espaço de tempo analisado, o volume exportado no primeiro trimestre foi superior ao do quarto trimestre do ano anterior. E isso gerou perspectivas ainda melhores para os trimestres seguintes.
Como se vê, o resultado foi totalmente oposto ao esperado. E não por conta de fatores externos, mas como resultado de um primário “fogo amigo”.
Fonte: Avisite