O mercado de bovinos para reposição segue travado, com ofertas de compra abaixo das referências cada vez mais frequentes, o que gera grande resistência nas negociações
Esta maior pressão sobre as cotações pode ser explicada pela oferta de animais no mercado. Com o ritmo lento de negócios ao longo dos últimos meses, o volume remanescente para negociação ainda está alto.
Outro fator que colabora para esta pressão é o clima, que, com a entrada do período de baixas temperaturas, as pastagens começam a perder a capacidade de suporte e isso tende a gerar uma maior “desova” destes animais.
No fechamento desta semana, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, a queda foi de 0,6%.
Quando expandimos esta análise para todo o semestre, o recuo registrado é de 6,6%. Com destaque para as categorias de bezerros de 7,5@ e 6,0@, que tiveram as maiores desvalorizações no semestre, 8,2% e 8,1% respectivamente.
Para o curto prazo, mesmo em meio ao cenário turbulento no mercado do boi gordo, o pecuarista pode encontrar oportunidades interessantes na reposição.
A relação de troca está mais favorável na comparação com o ano passado. Atualmente, em São Paulo, são necessárias 7,7 arrobas de boi gordo para a compra de um bezerro desmamado (6@).
Há um ano esta mesma relação estava em 7,8 arrobas, ou seja, melhora de 2,2% no poder de compra do invernista.
Fonte: Scot Consultoria