Presente nos principais países produtores, subvenção ao prêmio é um mecanismo de gestão de riscos que o Brasil não pode prescindir
A seca que castiga lavouras da região Sul e de parte do Mato Grosso do Sul, bem como enchentes que atingem, sobretudo Minas Gerais, Tocantins e Bahia têm potencial para provocar quebra de produção do ciclo verão da safra de grãos, alertam cálculos de secretarias estaduais de Agricultura e de consultorias.
Na avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), o quadro atual, que ilustra a intensificação das mudanças climáticas, uma vez mais, reforça a necessidade urgente de expansão do seguro rural, que hoje em dia cobre aproximadamente apenas entre 10% a 15% da área agrícola do país.
Segundo o presidente institucional da entidade, Cesario Ramalho, a despeito de avanços no orçamento destinado à subvenção federal nos últimos anos – embora ainda muito aquém do satisfatório -, os recursos também sofrem com rotineiros contingenciamentos, o que prejudica o acesso do produtor. “Ou seja, além de insuficiente, a verba ofertada não chega no tempo certo à ponta final, o que é crucial para a atividade agrícola. O seguro rural é tradicionalmente caro em todo o mundo e a subvenção, presente nos principais países produtores, é um mecanismo de gestão de riscos que o Brasil não pode prescindir.”
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De acordo com Ramalho, observa-se a expansão de produtos e serviços privados dedicados a fomentar novas fontes de crédito para o agronegócio. “Nesta jornada, as ferramentas digitais têm sido relevantes para ampliar as oportunidades de financiamento agrícola. A tecnologia da informação vem permitindo a entrega de dados, que ajudam a personalizar as propostas de crédito, de acordo com o histórico e perfil do produtor. No caso do seguro rural, esta possibilidade pode ter impacto positivo para baratear o valor do prêmio das apólices, e contribuir para expansão do mercado.”
Por Abramilho
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