Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo
Dólar
O dólar fechou com queda em relação ao real pela nona vez nas últimas dez sessões, o que derrubou a moeda da faixa de R$ 3,30 para abaixo da marca de R$ 3,15 no período. Com este movimento, o câmbio voltou a ser negociado em níveis anteriores ao estouro da mais recente crise política, em meados de maio, ajudado pelo cenário exterior e pela perspectiva de ingresso de recursos no Brasil. Nesta quinta-feira, 20, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,128 na venda, em queda de 0,69%.
Soja
Os contratos da oleaginosa na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em alta. As preocupações com o clima seco e temperaturas elevadas no meio-oeste dos Estados Unidos voltaram a sustentar o mercado, colocando os contratos acima de US$ 10 por bushel. Inclusive a previsão do tempo indica temperaturas que se aproximam dos 40°C em alguns estados. Outro fato que colaborou para a puxada lá fora foram os dados de exportações da safra 16/17. As vendas líquidas norte-americanas de soja na semana encerrada em 13 de julho foram 80% na comparação com a semana anterior.
Aqui no Brasil o recuo do dólar fez com que o preço da soja no mercado físico permanecesse pouco movimentado e com baixos negócios.
Milho
O mercado brasileiro segue na espera de melhores preços, a colheita flui de maneira mais lenta do que o esperado. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já anunciou a realização de novos leilões de estímulo à comercialização do cereal para a próxima quinta-feira, dia 27. Serão ofertadas 60 mil toneladas na operação de Prêmio para (PEP), com 30 mil toneladas para Mato Grosso do Sul e 30 mil toneladas para Goiás e Distrito Federal. Já para o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) terá 692 mil toneladas de milho, sendo 632 mil toneladas para Mato Grosso, 30 mil para Mato Grosso do Sul e 30 mil para Goiás e Distrito Federal.
Nos Estados Unidos o clima ainda é um ponto chave para a evolução do mercado, considerando que as temperaturas elevadas e estresse hídrico ainda preocupam, a expectativa é que esse tipo de especulação perdure todo o mês de julho. Em contrapartida o real valorizado durante a semana tem impedido que os preços no portos apresentem mudanças mais contundentes.
Café
As cotações de café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) teve um dia dominado por fatores técnicos. Após os ganhos das duas últimas sessões, o mercado teve um movimento de correção e realizou lucros, o que fez os contratos fecharem em baixa. O vencimento de setembro de 2017 fechou com baixa de 80 pontos, queda de 0,58%.
Aqui no Brasil os preços do café no mercado físico não tiveram muita alteração, com o cenário de dólar e bolsa fracos. Os negócios seguiram em ritmo pontual e de pouco volume. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a colheita no Brasil atingiu 65% até o dia 18 de julho. Os trabalhos de campo do café arábica estão mais avançados, em relação ao mesmo período do ano passado. Para o conilon a colheita segue atrasada na comparação com a safra anterior.
Boi
O mercado físico apresentou preços do boi gordo acomodados no decorrer da quinta-feira. Ainda é reduzida a possibilidade de alta no curto prazo. A expectativa é que apenas na virada de mês alguma alteração mais forte aconteça. Os frigoríficos por sua vez se deparam com escalas de abate confortável, entre cinco e sete dias úteis.
Para os próximos meses o setor vislumbra um quadro de maior otimismo. O mercado opera com a possibilidade de redução do confinamento este ano, além da recuperação das exportações de carne bovina, o que tornaria o cenário interno mais propício a reajustes.
Fonte: Acrissul