A previsão da Emater para este ano é executar 25 minicursos para atender os produtores irrigantes
Para minimizar o consumo de água e melhorar a eficiência da irrigação do solo em propriedades rurais, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) criou um aparelho que mede a umidade do solo diariamente e, após esse processo, libera a quantidade de água necessária para irrigar a terra. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) já colocou o novo sistema em prática e a expectativa é economizar cerca de 30% da água usada nas plantações.
O Irrigás – nome dado ao aparelho – ajusta ainda o tempo e os intervalos de irrigação. Segundo o coordenador do Programa de Desenvolvimento de Produção de Hortaliças do DF, Antônio Dantas, a iniciativa foi uma medida diante a crise de água no país. Leia mais sobre
aqui. “A maioria dos produtores tem um sistema superdimensionado. Isso faz com que eles usem mais água do que o necessário, além dos vazamentos em tubulações e reservatórios. A estimativa é de que haja um desperdício de cerca de 30% de água”, indica Dantas.
Com o novo sistema de irrigação, Dantas já percebe mudanças. Órgãos fiscalizadores, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), tem auxiliado no processo. “A perspectiva é que os produtores sem outorga para irrigar permaneçam com as bombas lacradas. Os demais, devidamente autorizados, podem seguir com a produtividade a todo vapor”, afirma o coordenador.
Outro sistema econômico de irrigação é o Sistema de Gotejamento: um cano de água, com diversas mangueiras perfuradas, por onde a água goteja. De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater do Núcleo Rural de Rio Preto (DF), Márcio Meireles, é preciso revezar o sistema de irrigação. “Por isso a importância da capacitação nesse manejo. Esse trabalho tem ajudado na redução do desperdício de água em 84% e de energia em 50%. Com o novo sistema de irrigação, reduzimos o tempo de irrigação, ao todo, de uma hora para 10 minutos por dia”, declara Meireles.
Francisco Daniel da Silva, de 39 anos, mora no Núcleo Rural do Rio Preto, onde cultiva pimentão há três anos. Depois de aderir ao Irrigás, reduziu o consumo de água em 80%. “Antes, a irrigação da plantação durava uma hora e meia, todos os dias. Agora, faço de três em três dias. Uma redução boa. Além de manter a qualidade do produto e da fertirrigação, consigo economizar na adubação”, comemora o produtor Daniel.
A previsão da Emater para este ano é executar 25 minicursos para atender os produtores irrigantes. Também estão previstas a instalação de 100 unidades de experimentação no Distrito Federal (DF).
Fonte: Portal do Desenvolvimento Agrário