Refletindo não a produção – que, tudo indica, permanece inferior à do ano passado – e, sim, o consumo, cada vez mais retraído, o frango vivo comercializado no interior paulista percorreu a terceira semana de julho com os preços inalterados
Assim, segue registrando o mais longo período de estabilidade das cotações de toda a história do setor.
Em outras palavras, completou no sábado, 22 de julho, 114 dias de permanência com o mesmo valor referencial – R$2,50/kg. Referencial, explica-se, porque negociações a preços inferiores continuaram sendo registradas. Mas envolvendo, quase exclusivamente, produto cuja colocação não foi previamente estabelecida e negociada.
Pelo gráfico abaixo é possível constatar que o desempenho atual não é muito diferente do observado em julho do ano passado, pois então o frango vivo também permaneceu com o preço inalterado por todo o período. A diferença, pois, está no valor praticado, atualmente 15% inferior ao de um ano atrás.
Mas como, desde então, o custo de produção vem apresentando redução proporcionalmente maior que o preço recebido, seria lógico concluir que os produtores não estão sendo onerados. Ledo engano. Porque no ano passado os custos superaram a remuneração recebida.
Além disso, embora as condições do momento possam propiciar alguma vantagem em relação ao custo, essa vantagem continua insuficiente para cobrir as perdas acumuladas. E isto, note-se, não está restrito ao frango vivo, estende-se também ao abatido.
PROJEÇÕES 2027
A produção de carnes (bovina, suína e aves) entre 2016/17 e 2026/27, deverá aumentar em 7,5 milhões de toneladas. Representa um acréscimo de 28,0% em relação à produção de carnes de 2016/2017. As carnes de frango e suína, são as que devem apresentar maior crescimento nos próximos anos: frango, 33,4% e suína, 28,6%. A produção de carne bovina deve crescer 20,5% entre o ano base e o final das projeções.
Fonte: Avisite