O mercado físico de boi gordo em Mato Grosso segue em queda, mostra o último boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)
No dia 19 de julho, a arroba ficou cotada a R$ 114,14 no Estado, o menor valor desde setembro de 2014. Na semana, o preço médio fechou em R$ 114,70, recuo de 1,08%. “Apesar da desvalorização na arroba, a expectativa é de um segundo semestre mais otimista, uma vez que houve redução temporária da alíquota de ICMS em Mato Grosso para abate em outros Estados e a BM&F/Bovespa já opera com alta nas cotações futuras do boi gordo”, coloca o relatório.
Já a carcaça casada do boi no atacado ficou em R$ 8,72 até a terceira semana do mês, menor cotação mensal desde janeiro de 2015. “A retomada das exportações aos níveis pré Carne Fraca e a diminuição do número de desempregados no Brasil no 1º semestre de 2017 parecem ainda não ser o suficiente para estimular a demanda pela proteína bovina”, diz o instituto em relatório. A relação de troca boi/bezerro também teve queda, fechando a semana em 1,8 cab/cab.
Com o recuo mais intenso dos valores do boi gordo em Mato Grosso, o diferencial de base SP-MT caiu pela segunda semana consecutiva, encerrando o período com média de -9,85%.
Melhor época – Encontrar o melhor momento do ano para vender o gado é um dos focos de todos os pecuaristas, mas, segundo o Imea, isso tem ficado mais difícil. Na média histórica, o mês com melhor preço é novembro e em fevereiro encontra-se a pior cotação. Essa dinâmica ocorre pela oferta e de animais aptos para o abate, que costuma ser maior no primeiro trimestre e menor no último, devido às condições das pastagens. “No entanto, esta ordenação dos preços tem se alterado nos últimos anos. Além de a diferença entre o preço máximo e mínimo ter reduzido, de 5,60% para 4,16%, os piores preços do boi gordo têm sido encontrados no mês de agosto, fato que pode ser atribuído, dentre outras coisas, à maior utilização de práticas de suplementação animal”.
Fonte: Acrimat