Como todos os antecedentes apontam para a manutenção do status atual, o frango vivo comercializado no interior paulista deve completar nesta segunda-feira, 31 de julho – ducentésimo décimo segundo dia de 2017 (212º) – seu centésimo vigésimo terceiro dia (123º) com a mesma cotação: R$2,50/kg
Recorde na história do setor, tão longo espaço de tempo – cerca de 18 semanas – corresponde, praticamente, à criação de três sucessivos lotes de frango sem que a remuneração oferecida ao produtor apresentasse qualquer modificação, exceto naqueles pouco casos em que o lote criado não teve sua destinação previamente agendada e os negócios acabaram efetivados por valor inferior ao de referência.
Considerando-se que nesse período, frente à variação “zero” do frango vivo, o frango abatido registrou variações de preço que representaram diferença de quase 25% entre mínimos e máximos, parece claro haver um descolamento de preços entre um e outro produto.
De fato, nos últimos quatro meses a ave viva pareceu imune às não poucas tribulações do mercado. Aliás, nunca sua cotação esteve tão próxima da abatida quanto neste ano – pelo menos no mercado paulista.
Nos primeiros anos da presente década (2011-2012) o diferencial entre frango vivo e abatido girou em torno de 41%. No ano passado já havia recuado para 33%. Nos sete primeiros meses de 2017 não chegou a superar os 30%. Mas em julho corrente está em apenas 24% e nestes últimos dias do mês – com o frango vivo a R$2,50/kg e o abatido (Grande Atacado de São Paulo) a R$2,95/kg na média – se encontra em não mais que 18%.
Esse comportamento sugere que a dependência do frango abatido ao frango vivo independente é cada vez menor. Como já ocorre nos três estados do Sul, esse segmento da avicultura de corte tende a desaparecer também entre os paulistas.
Fonte: Avisite