Trazer novas ideias para a vida. O dia dos mato-grossenses que participam da missão AgriHub Israel 2017, realizada pelo Sistema Famato/SENAR-MT, começou com este assunto. Saber que a Agência de Governo que tem autonomia para investir seus US$ 500 milhões por ano e que a parceria pode acontecer entre Mato Grosso e Israel deixou os grupo bastante animado
Todas as informações repassadas nesta visita deixou o coordenador do AgriHub Daniel Latorraca bem entusiasmado. Latorraca ressalta que o potencial de parceria é muito grande. “Eles têm tudo o que precisamos que é o dinheiro, know how e pessoas para trabalharem no desenvolvimento de novas tecnologias e nós temos os problemas. O que mais me impressionou é que eles estão focados em pesquisa e desenvolvimento e não apenas em tecnologia”.
Mas não foi só isso. A reunião de trabalho com os representantes da Origenes Seeds, empresa que trabalha com melhoramento genético de hortaliças, também rendeu o agendamento de uma visita dos israelenses para Mato Grosso. Os produtores Rui Prado e Ricardo Arioli que participam da missão têm interesse em diversificar a produção. “Sempre quis entender melhor o cultivo das frutas e estreitar as relações com esta empresa é uma oportunidade muito boa”, enfatiza Prado.
O gerente de vendas globais e marketing da Origene Seeds, Moti Shmueli, quer visitar Mato Grosso. “Podemos conversar sobre assistêcia técnica e uma futura parceria para investirmos em desenvolvimento de novas tecnologias para produzir sementes de frutas em Mato Grosso”.
Ele contou ainda que a Origenes Seeds trabalha com melhoramento genético de hortaliças visando aumentar a produtividade, reduzir o uso de agroquímicos, melhorar seu valor nutricional, sabor, aroma e qualidade. Atua no melhoramento genético, produção e comercialização de sementes. “Nosso foco é na produção de híbridos. Atuamos no melhoramento genético, produção e comercialização de sementes”.
Ele conta ainda que a empresa já atua no Brasil há sete ou oito anos. Especializados em produção de sementes de curcubitáceas, a Origenes Seeds fornece sementes para a produção de melancias com e sem sementes, melões, pepinos, abóboras e morangas. “Temos variedades de melões e melancias com resistência a doenças de solo”.
E para terminar o dia, o grupo visitou a Tal-Ya – Soluções para Agricultura que desenvolveu uma bandeja de prolipropileno para proteção das raizes de plantas que ajudam a proteger contra altas temperaturas e invasoras. O representante da empresa Olded Barzite explica que a bandeja também atua concentrando as águas de irrigação, das chuvas e de fertirrigação e adubações no entorno das raízes.
Segundo ele, essa tecnologia permite ainda a economia de até 50% na água de irrigação, nas adubações e nos herbicidas para controle de ervas invasoras. Pode ser usada em pomares, reflorestamentos, jardinagem e produção de hortaliças. “Ainda estamos em fase de testes, mas já produzimos as bandejas em Israel”, conta Barzite.
Tel Aviv – Considerada como um centro tecnológico florescene e uma “mini Los Angeles”. Em 1998 a cidade foi descrita pela Newsweek como uma das 10 cidades tecnologicamente mais influentes do mundo. É considerada o centro de uma grande aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta conhecida como o Silicon Wadi.
A área metropolitana de Tel Aviv, incluindo cidades satélites como Herzliya e Petah Tikva, é o centro de alta tecnologia de Israel. Em Tel Aviv está sediada a Bolsa de Valores de Tel Aviv, que atinge níveis recordes desde a década de 1990.
Muitas empresas de capital internacional, institutos de investigação científica e empresas de alta tecnologia estão sediadas na cidade. Indústrias em Tel Aviv incluem processamento químico, plantas têxteis e fabricantes de alimentos.
Atualmente, Israel atrai mais capital de risco per capita que qualquer país do mundo. Cerca de 80% do investimento em alta tecnologia vem de fora. Há mais de 100 firmas no país, desde investidores corporativos, como Microsoft, Google, Qualcomm, que operam aqui por meio de seus braços de capital de risco, até as gigantes, como a Sequoia Capital e a Greylock Partners.
Fonte: Famato