Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros da soja iniciaram a sessão desta terça-feira (29) do lado negativo da tabela. Perto das 8h03 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam desvalorizações entre 5,25 e 6,00 pontos. O novembro/17 era cotado a US$ 9,35 por bushel, enquanto o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,44 por bushel
Conforme dados das agências internacionais, as cotações da oleaginosa permanecem pressionadas negativamente diante da perspectiva de uma grande safra norte-americana. “A turnê do Pro Farmer na semana passada confirmou o bom potencial de colheita para soja e milho, mesmo que os rendimentos estimados estejam ligeiramente abaixo dos últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)”, reportou a Agritel ao Agrimoney.com.
O levantamento realizado pela expedição indicou uma safra próxima de 117,8 milhões de toneladas de soja nesta temporada. No início do mês, o departamento projetou a produção americana em 119 milhões de toneladas.
Além disso, ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA elevou para 61% o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições no país. Em torno de 93% das plantações estão em formação de vagens. Na semana passada, o número era de 87%.
Paralelamente, o Agrimoney.com reforça que os preços mais baixos podem atrair compradores. “Ainda nesta segunda-feira, os embarques semanais de soja ficaram em 716,2 mil toneladas”, reportou.
Outro fator que também segue no radar dos participantes do mercado é o Furacão Harvey nos Estados Unidos. “Existe alguma preocupação de que o furacão Harvey possa causar preocupações de qualidade em soja e milho na região do Delta”, afirmou Benson Quinn Commodities, ao Agrimoney.com.
Terry Reilly, da Futures International, também observou que “há alguma preocupação moderada de que as fortes chuvas do furacão, à medida que se movem para o leste na Louisiana e no Mississippi, podem aumentar a preocupação com a qualidade da soja no Delta”.
Fonte: Notícias Agrícolas