Modelo que incorpora práticas dos EUA e Europa deverá estar pronto até o fim do ano
Em entrevista a jornalistas estrangeiros, nesta segunda-feira (28), em São Paulo, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) adiantou inovações que estão sendo implantadas no sistema de inspeção veterinária do país. Disse que o episódio da Operação Carne Fraca, investigação realizada pela Polícia Federal, desencadeou um processo de auditoria estendido a todas as plantas de abate e motivou mudanças que estão em curso.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel, de março para cá, cerca de 600 plantas, de 5 mil autorizadas pelo governo federal, e que são as que realizam abates, passaram por processo rigoroso de fiscalização. De lá para cá, houve trocas de comando e inspeção mais ampla em todas as áreas de produção, “para checar o funcionamento”. Além disso, o Mapa está ampliando seu quadro de profissionais da área com novas contratações.
Luis Rangel disse que o governo está incorporando práticas de controle já testadas nos Estados Unidos e na União Europeia para aumentar a segurança e a confiança nos produtos brasileiros. Nos Estados Unidos, o modelo é o de análise de riscos. Nesse caso, trata-se de avaliações à exposição a agentes patogênicos, adoção de medidas de manejo e comunicação permanente entre todos envolvidos no processo de produção. E o modelo europeu prevê reposicionamento do quadro que trata de inspeção e a inclusão de figuras complementares, como agentes oficiais.
O secretário destacou tratar-se de procedimentos híbridos e mais sofisticados, que estarão vigorando até o fim do ano, possibilitando o seu conhecimento a novas missões estrangeiras que venham ao país e também para apresentação ao mundo por meio de roadshow.