Em 2012, criadores da raça Mangalarga clonaram três animais – sendo os primeiros do Brasil a apostarem nessa biotecnologia
Atualmente, dos 19 cavalos clonados do país, cinco são dessa raça. O custo, que chega a R$ 250 mil, pode assustar, mas a médica veterinária da In Vitro Clonagem Perla Fleury destaca que é um investimento.
“Os animais que foram ou que estão em processo de clonagem, se estivessem vivos ou jovens, valeriam três ou quatro vezes esse valor. São cavalos que já foram provados como bons reprodutores ou matrizes. São linhagens que devem ser resgatadas ou merecem ser preservadas”, afirma.
Perla explica que a clonagem vem, como qualquer outra biotecnologia, para complementar um projeto genético, que traz retorno financeiro ao criador que souber usar de forma estratégica.
Segundo a médica veterinária, o procedimento serve para mais do que fazer um clone para o próprio criador, mas também como instrumento para comercialização. “De certa forma você está democratizando essa genética, permitindo acesso a outros criadores, já que ele terá uma cópia de um animal que você já perdeu”. Além disso, Perla afirma que sociedades têm se formado para cotizar o clone, viabilizando o projeto e beneficiando a todos.
Em caso de morte do animal, a empresa recomenda que a coleta do material genético seja feita em até 6 a 8 horas. Uma vez congelado, o criador tem guardado para clonar quando quiser. “Sem dúvida é um ótimo seguro biológico”, esclarece.
A Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Mangalarga (ABCCRM) regulamenta o registro dos clones, que podem ser usados exclusivamente para reprodução. Os animais não participam de competições e exposições.
Fonte: Acrissul