Em 2016, Mato Grosso detinha o maior rebanho de bovinos do país com 30,30 milhões de cabeças
O número representa 13,9% do rebanho brasileiro, que chegou a 218,23 milhões. No Estado, o crescimento em 1 ano chegou a 3,2%. Os dados são da pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (28).
Segundo o IBGE, o rebanho bovino do país aumentou cerca de 1,4% sobre 2015. Em 2016, o Centro-Oeste liderava a produção, com 34,4% do total nacional e crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior. Entre os municípios, os líderes em bovinos foram São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).
O rebanho de Mato Grosso reduz desde o ano passado. O dado mais atualizado, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), indica que o Estado possui rebanho atual de 29,651 milhões de cabeças, queda de 2% em relação aos dados do IBGE.
José Bernardes, pecuarista e ex-presidente da Acrimat, pontua que as perspectivas para o setor no momento são positivas. “Expectativa é boa, especialmente pela recuperação do setor após as crises, com a retomada dos preços, recuperação e controle dos efeitos da Operação Carne Fraca. Acreditamos que o pior já passou e a tendência é de recuperação ainda maior nos preços, com o final da seca”.
Suinocultura
O balanço do IBGE indica que houve retração de 10% no rebanho de suínos de Mato Grosso de 2015 para 2016. Ano passado, o Estado contava com 2,538 milhões de cabeças de suínos, inferior às 2,849 milhões de cabeças do ano anterior.
De acordo com Custódio Rodrigues, diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat), o rebanho cresceu e segundo o último levantamento do Indea o plantel é de cerca de 2,8 milhões de cabeças. “Aumentou o número de matrizes e a produtividade da suinocultura”, defende.
Por outro lado, as condições de mercado ainda estão insatisfatórias, segundo Custódio. “O produtor está com um alto custo de produção, chegando quase ao vermelho, e está pagando 12% de ICMS. Pleiteamos a isenção junto ao governo do Estado, que afirmou que concederia, mas ainda não aconteceu. Os produtores estão com dificuldades para enviar o produto para fora porque no Sul, que é o nosso principal concorrente, já abaixaram o Número de bovinos em MT ano passado chegou a 30,3 milhões ICMS para 6%”.
Fonte: Acrimat