Analisando-se a média dos passados 16 anos (2001-2016), constata-se que nos primeiros oito meses do exercício o volume acumulado de pintos de corte representou (valores arredondados) 65,9% do total anual, sendo os 34,1% restantes distribuídos na seguinte proporção: 8,4% em setembro; 8,8% em outubro (geralmente, recorde do ano); 8,2% em novembro e 8,7% em dezembro
Pois bem: mantidos esses parâmetros em 2017, a produção de pintos de corte dos últimos quatro meses de 2017 terá o comportamento sugerido no gráfico abaixo e que, se confirmado, implica em uma produção anual da ordem de 6,3 bilhões de cabeças.
Tal resultado significa, também, redução anual de pouco mais de 2% em relação a 2016, ano em que foram produzidos 6,450 bilhões de pintos de corte. Mas exige que no último quadrimestre do ano a produção aumente perto de 3%, possibilidade um tanto remota a esta altura de 2017, já que nos oito primeiros meses do ano o recuo esteve próximo de 5%. Ou seja: a tendência mais provável por ora é a de um volume em torno dos 6,150 bilhões, cerca de 4,5% a menos que o registrado no ano passado.
Qualquer, porém, que seja o volume alcançado neste final de ano, um fato é certo: a produção do bimestre setembro-outubro será, pela primeira vez em 2017, superior à registrada no mesmo período de 2016. Mas não porque a produção esteja aumentando (o volume apontado para outubro, por exemplo, é inferior ao registrado em março do ano passado) e, sim, porque em setembro e outubro de 2016 – devido aos altos custos de produção então enfrentados e a um consumo que já começava a dar claros sinais de recessão – houve significativo decréscimo da produção.
Independente disso tudo, no entanto, uma indagação prevalece: será que o setor dispõe de potencial suficiente para ir além do que vem produzindo? Pois enquanto o volume projetado para este quadrimestre equivale a uma média de, praticamente, 538 milhões de pintos de corte mensais, a produção efetiva dos dois primeiros quadrimestres do ano está em 519 milhões de cabeças/mês.
Fonte: Avisite