Os auroques eram um tipo de bovino que foi extinto em 1627, quando o último da espécie morreu em uma floresta na Polônia.
Agora, quase 500 anos depois, eles podem voltar a caminhar na Terra graças aos avanços da tecnologia: os cientistas estão perto de reviver o animal ancestral das vacas e dos touros.
A Operação Taurus, por exemplo, cria 300 vitelos com traços de DNA dos auroques. Os cientistas selecionam os gados com características mais parecidas às dos animais extintos e tentam recriar a espécie nos dias de hoje. A cada nova geração, os bezerros ficam mais parecidos com os auroques originais, tanto no tamanho quanto no comportamento.
E olha que os auroques eram bem grandinhos: passavam tranquilamente dos 2 metros de altura e pesavam mais de 1 tonelada. Raças como a Podolica, a Busha e a Maremmana possuem traços de seus antepassados e são usadas nos estudos que tentam trazer os auroques de volta à vida. Apesar disso, os autores desses projetos acreditam que nunca seremos capazes de ter um auroque 100% “original”.
Esse gado selvagem ajudou a moldar a paisagem e a geografia de toda a Europa. Trazê-lo à vida seria uma forma resgatar essa evolução e incentivar o turismo. Outros animais extintos, como o mamute e o moa (uma ave com 3,5 metros de altura), também fazem parte dos projetos que buscam a “desextinção”.
Os auroque aparecem em várias pinturas rupestres, mostrando que eles foram muito importantes para o desenvolvimento humano, principalmente na agricultura. Isso também é um incentivo para que os cientistas consigam trazê-los de volta à vida.