O tema foi discutido na semana passada (21), na última reunião de 2017 da Câmara Temática de Logística e Infraestrutura do Agronegócio (CTLOG) do Ministério da Agricultura, realizada na sede da CNA.
O presidente da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística e vice-presidente diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Mário Borba, defendeu mais alternativas de exportação de produtos agropecuários brasileiros, como os portos do Norte e Nordeste, para desafogar a movimentação no Sul e Sudeste do País. O tema foi discutido na última terça-feira (21) na última reunião de 2017 da Câmara Temática de Logística e Infraestrutura do Agronegócio (CTLOG) do Ministério da Agricultura, realizada na sede da CNA.
No encontro, representantes do setor produtivo relataram que nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), principais vias de exportação do agronegócio, estão faltando contêineres para embarcar produtos. “Precisamos de uma solução imediata para não perder as exportações. Produtores de algodão, madeira e outros setores estão sendo prejudicados pela falta de contêineres”, disse Borba. Uma das consequências é que as cargas chegam com atraso aos países de destino.
Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) e presidente da Câmara Temática de Insumos, Júlio Cezar Busato, 90% da fibra exportada sai do País por Santos. Mas a sobrecarga no porto paulista e a consequente falta de contêineres têm atrasado os embarques da fibra, o que reforça a necessidade de utilização de outros terminais portuários.
De acordo com Mário Borba, 52% da produção brasileira de soja e milho estão acima do paralelo 16, que engloba parte do Centro-Oeste e as regiões Norte e Nordeste. No entanto, apenas 23% das exportações são feitas pelos portos dessas regiões. Para alavancar as vendas externas por estas vias, ele ressaltou que são necessárias algumas medidas como a conclusão de trechos da BR-163, da Ferrogrão e da ampliação da capacidade operacional portuária.
O analista de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Eduardo Vaz, falou sobre o déficit de armazenagem de soja e milho no Estado, que responde por 65% da necessidade de estocagem de grãos. Neste contexto, ele apresentou aos integrantes o projeto Armazena MT, para incentivar produtores a construírem seus próprios armazéns na propriedade para evitar prejuízos com a safra.
Por outro lado, a onda dos containers na construção civil cresce vertiginosamente
Segundo os especialistas em designer e arquitetura, o container é uma estrutura sustentável e econômica para construção civil. O Reaproveitamento do material garante menor descarte na natureza e viabiliza projetos com mais agilidade.
Entenda
O uso do container na construção como elemento arquitetônico atende demandas de novas práticas construtivas e garante o reaproveitamento desses cofres de cargas que ficam abandonados em portos. Trata-se de uma solução sustentável e de baixo custo para residências, escritórios e até comércios.
Muito comum no Japão e na Europa — principalmente na Holanda e na Inglaterra – esse tipo de aplicação se destaca pela facilidade no deslocamento e expansão do projeto. “Já se tornou uma prática consolidada que atende a uma grande diversidade de usos”, afirma Túlio Tibúrcio, professor adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa.
No Brasil, o conceito ganhou força por meio da apresentação de protótipos em eventos de arquitetura e decoração. Segundo Arthur Norgren, engenheiro de produção mecânica e sócio-fundador da contain[it] no Brasil, a onda de projetos arquitetônicos com esse elemento demorou para crescer. “Eles eram usados de forma mais rudimentar, para escritórios e depósitos de canteiros de obras”, constata.
Do transportes de cargas à arquitetura
O container tem vida útil aproximada de 20 anos – varia conforme o tipo de material que transporta e fatores externos aos quais ele fica sujeito, como a maresia. Após esse período, seu reuso aponta potencial como estrutura modular para construção civil, pois é um material superdimensionado. “Dado que é feito para suportar até 25 toneladas de carga e pode ser empilhado em até 8 unidades em cima de um navio”, argumenta Norgren.
Para ser utilizado na arquitetura, o container passa por um processo de tratamento e recuperação que inclui limpeza, funilaria, serralheria, pintura, revestimentos e acabamentos. “Tudo varia em função do projeto e do que o cliente quer”, explica Norgren. A preparação da estrutura é feita na fábrica e in loco, dependendo das características de cada projeto — como as dimensões do container utilizado. Guindastes e caminhões muncks transportam o material para o local de instalação.
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Fonte: Datagro, Aecweb, com edições Agronews.