A projeção efetuada pela APINCO a partir do alojamento interno de pintos de corte indica que – pelos parâmetros de produtividade adotados – em novembro de 2017 foram produzidas no País pouco mais de 1,057 milhão de toneladas de carne de frango, volume que significou aumento de 2,15% sobre o mesmo mês do ano passado
Comparativamente ao mês anterior, outubro de 2017, o volume nominal de novembro recuou perto de 5%. Como, porém, o mês tem um dia a menos, a queda real foi menor, de pouco mais de 1,5%.
Como, no mês, as exportações de carne de frango apresentaram regressão – de 1% em relação a novembro de 2016 e de mais de 11% em relação ao mês anterior – isso se refletiu diretamente na disponibilidade interna do produto que, após quatro meses sucessivos de redução, voltou a apresentar aumento – superior a 3,5% – em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Já na comparação com o mês anterior o que houve foi uma redução ligeiramente superior a 1,5%. Mas, novamente, é preciso considerar que o mês foi mais curto, teve um dia a menos. Assim, a oferta real foi, na verdade, maior, apresentando incremento de 1,7%.
O que caberia perguntar a esta altura é “por que, apesar da oferta maior (aliás, a maior do corrente semestre até aqui), o mercado do frango abatido permaneceu em alta, alcançando no mês o melhor preço do ano?”.
A resposta mais plausível é a de que, aparentemente, parte dos frangos produzidos e abatidos no decorrer de novembro não chegou ao mercado, ou seja, foi estocada para comercialização no mês de dezembro. Ou, então, tiveram seu tempo de criação alongado, transformando-se nos “frangões” que invadem o mercado no período de Festas.
A realidade é que, em dezembro corrente, ocorre forte concentração na oferta interna de aves prontas para o consumo, fato que, aliado à perspectiva de baixa exportação, tende a interferir nos preços do produto. Por sinal, próximo do encerramento da primeira quinzena de dezembro (teoricamente, o melhor momento de comercialização não só do mês, mas do ano), os preços do frango abatido não deslancham e, até aqui, mantêm-se abaixo do registrado na mesma quinzena de novembro passado.
Isso, porém, não surpreende. Afinal, o frango deixou de ser prato exclusivo das Festas. Tornou-se o alimento nosso de cada dia.
Fonte: Avisite