Em uma solenidade realizada na manhã de terça-feira (05/07), em Cuiabá, a Superintendência de Negócios Varejo do Banco do Brasil Mato Grosso, lançou o Plano Safra 2016/2017. O evento realizado no auditório da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), contou com a participação da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e representantes do setor produtivo do estado. Durante o evento os participantes assistiram, através do Canal Rural, a transmissão ao vivo do lançamento nacional do plano, em Brasília.
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffareli anunciou a oferta de R$ 101 bilhões para todo o país. Do total de recursos para produtores e cooperativas, R$ 71,1 bilhões serão para operações de custeio de comercialização e R$ 19,9 bilhões para créditos de investimento agropecuário.
O compromisso e a previsão feita pelo Banco do Brasil é de aplicar dos volumes totais dos recursos disponibilizados R$ 6,6 bilhões em Mato Grosso, sendo R$ 4,8 para agricultura empresarial e R$ 1,8 para agricultura familiar. Comparado à safra passada houve um aumento de 14%. “Isso mostra que Mato Grosso está na vanguarda do país em termos do agronegócio, então a decisão de iniciar a implantação de algumas agências especializadas é fruto da nossa relevância no país. Mato Grosso tem uma importância significativa, por isso que agente tem sido observado pelas nossas diretorias nas decisões do foco do agronegócio”, disse o gerente de negócios do Banco do Brasil, José Rui.
Conforme o gerente os recursos já estão disponíveis. “A partir de hoje os produtores rurais podem procurar as nossas agências. Nossos funcionários estão preparados para recebê-los”, anunciou Rui.
O superintendente em exercício, Alex Godoy disse que nesse segundo semestre de 2016 e no primeiro semestre de 2017 haverá um grande esforço de investimentos para o estado. “Nosso grande objetivo é investimento. O banco tem desenvolvido, no estado, através de várias entidades, convênios para facilitar principalmente a aquisição de máquinas agrícolas”, disse Godoy.
José Rui explicou que dos R$ 101 bilhões anunciados, R$ 10 bilhões são para agroindústria. E para os produtores rurais pessoa física o custeio de comercialização é de R$ 71 bilhões, sendo R$ 65,6 com recurso controlado, juros de 9,5%, e R$ 5,5 bilhões de taxas livres. Se tratando de investimentos, são R$ 19,4 bilhões em recurso controlado e R$ 500 milhões em juros livres. “E se a pessoa desejar um montante maior o banco tem mais recursos para oferecer com outras taxas”, disse o gerente.
O gerente de negócios explicou o procedimento padrão para obter os benefícios. “O primeiro recurso que o produtor vai ter acesso é o controlado, não é permitida nenhuma outra operação antes do banco oferecer todo o teto que o cliente tem e pode tomar no recurso controlado”, esclareceu José Rui.
Para este ano as taxas tiveram um aumento de R$ 0,75% em operações de comercialização e custeio, e 1% nas operações de investimentos. Anteriormente era pago 8,75% e agora vai pagar 9,5% no custeio, e os programas de investimento como o PCA, por exemplo, passa de 7,5% para 8,5% a.a .
Desde o dia 1° de julho passou a vigorar um novo teto para os limites de custeio com recursos controlados no valor de R$ 3 milhões. Desse valor 60% deverá ser tomado até 31 de dezembro. E os outros 40% poderá ser acessado a partir de janeiro de 2017.
A Analista de Agricultura da Famato, Karine Machado avalia que esse limite de R$ 3 milhões ainda precisa ser avaliado. “Na prática é apenas um incremento de 600 milhões no limite do custeio para o financiamento da safra e a manutenção dos 1.2 que tínhamos no plano safra passado para o custeio da segunda safra, incluindo nesse limite ainda todo o custeio pecuário, cuja desvinculação foi solicitada pelas entidades representantes do agro de MT e ainda não foi atendido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento”.
Participaram da solenidade representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Aprosoja, Fetagri, Empaer, Agriplan, Associação dos Agrônomos de Mato Grosso, Acrismat e Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).