O presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, informou que pedirá a inserção de novos bancos no processo de aplicação dos recursos arrecadados pelo Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA).
Ele participou, na segunda-feira (18.07), da 15ª Reunião do Conselho Deliberativo da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) – Condel – como representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em nome de todos os produtores rurais da região. O encontro aconteceu na sede da Sudam, em Belém (PA). Hoje, a aplicação dos recursos é feita apenas pelo Banco da Amazônia (Basa). Prado informou que apresentará a nova proposta na reunião do próximo trimestre.
“Isso é uma vontade nossa, do produtor rural, na medida em que entendemos que se tiver mais bancos fazendo a aplicação desses recursos, com certeza o processo será mais democrático, haverá mais acesso. Vai ser uma briga que vamos comprar para trazer o desenvolvimento do Estado e dos empreendimentos da agropecuária”, esclareceu o presidente do Sistema Famato/Senar.
Os recursos angariados pelo FDA são geridos pela Sudam para o financiamento de projetos privados de infraestrutura, setores tradicionais, de inovação tecnológica e de serviços, para os nove estados da região da Amazônia Legal, do qual Mato Grosso faz parte. A Sudam conta com um orçamento de mais de R$ 1,6 bilhões provenientes de dotação do Orçamento Geral da União (OGU), incluindo o FDA, e mais R$ 250 milhões em emendas parlamentares, para 2016.
Porém, conforme Rui Prado, nem todo recurso destinado aos projetos estão sendo utilizados. No ano passado, valor na ordem de R$ 3 bilhões foi devolvido. “No ano passado, foram devolvidos recursos na ordem de quase R$ 3 bilhões que não foram aplicados na Amazônia, no seu contexto geral, para o desenvolvimento. Portanto, é importante para nós, mato-grossenses, olhar com mais atenção para esse Conselho que destina recursos para o investimento em agropecuária e, também, investimentos no setor público”, apontou.
O Conselho da Sudam é composto por três entidades representativas da classe empresarial, categoria da qual a CNA faz parte. É presidido pelo ministro de Integração Nacional, Helder Barbalho. Além disso, são conselheiros os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal, três ministros de Estado permanentes – além da Integração Nacional, Planejamento, Orçamento e Gestão e Fazenda -, seis ministros de Estado a serem convocados conforme a pauta da reunião, três prefeitos de estados diferentes da área de atuação da Sudam , três representantes de classe de trabalhadores e o presidente do Basa.
“Temos que acessar esses recursos que, com certeza, trarão mais desenvolvimento para Mato Grosso”, finalizou Prado, informando ter pedido vistas do Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia na reunião de segunda-feira para dar mais acesso aos produtores rurais, de forma que possam contribuir melhor com as ações que serão planejadas.
Fonte: Ascom FAMATO