A BRF, maior processadora de carne de frango do Brasil, teve uma queda de 91,6% no lucro líquido do segundo trimestre, na comparação anual, a R$ 31 milhões, impactada pelo aumento dos custos de milho e soja para a alimentação de frangos e suínos, informou a empresa no noite de quinta-feira (28).
A receita líquida da companhia somou R$ 8,5 bilhões no segundo trimestre, aumento de 7,6% ante o mesmo período de 2015, impulsionada por preços médios 2,8% mais altos e incremento de 4,6% nos volumes vendidos.
As operações internacionais foram as grandes responsáveis pela alta nos volumes vendidos da companhia, resultado do crescimento orgânico (6,2%) e inorgânico (10,6%). Outro destaque foi o aumento das vendas de suínos in natura de 24,2%, para 87 mil toneladas no segundo trimestre, influenciado principalmente por Ásia e Rússia.
Todas as regionais da empresa comercializaram 1,1 bilhão de toneladas de alimentos no segundo trimestre.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 944 milhões, queda de 31,6% ante o mesmo período do ano passado. A margem Ebitda fechou em 11,1%, uma redução quando comparada aos 17,4% ao fim de junho do ano passado.
A BRF informou que a alta do milho e o excesso de oferta de produtos no mercado tiveram o seu auge no segundo trimestre do ano. “Estamos confiantes que devemos observar uma recuperação gradual do setor e dos nossos resultados a partir do terceiro trimestre de 2016”, informou a empresa no demostrativo de resultados.