A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) decidiu adiar a votação do relatório da Comissão Especial criada para analisar o novo projeto de lei de proteção de cultivares.
A medida foi tomada nesta terça-feira, em reunião-almoço da entidade, presidida pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG).
A decisão teve a concordância do relator do projeto, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que considera necessário estender o prazo para contemplar todas as partes interessadas: obtentores, multiplicadores e produtores. E acolher também sugestões de entidades do setor, como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Para tomar a decisão em favor do adiamento também pesou o fato de o país ainda estar passando por um processo eleitoral e dos feriados que ocorreram e ainda vão ocorrer em novembro. Apesar de já ter sido amplamente debatido, a FPA seguirá promovendo a discussão sobre o assunto a fim de harmonizar os segmentos interessados. O objetivo é, até novembro, construir um texto a ser aprovado na Comissão Especial e, até o final do ano, aprová-lo em Plenário.
O presidente da FPA, deputado Marcos Montes, ressaltou que é preciso buscar uma nova legislação fundamentada num modelo de desenvolvimento científico que privilegie a pesquisa, a livre iniciativa, a segurança jurídica e a eficiência produtiva ao desenvolvimento da agropecuária brasileira a fim de torná-la mais competitiva.