A araruta (Marantaarundinacea) é uma planta da família das Marantáceas cujo principal produto é o amido, utilizado na confecção de sobremesas, bolos, biscoitos e outros produtos. O amido é extraído dos rizomas, que levam aproximadamente 270 dias para atingir seu ponto de colheita.
O cultivo dela no Brasil ocorre em algumas regiões do Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Rio de Janeiro, Minas Gerais). Esta planta para formação do rizoma, nas condições edafoclimáticas de Mato Grosso do Sul, tem vegetado por 4 a 5 meses e utiliza os outros meses restantes para translocação dos açúcares para o rizoma.
O plantio da araruta requer solos leves, o que facilita tratos culturais e colheita.
A faixa de exploração do sistema radicular fica entre 20 e 30 cm. A produção de mudas é algo que ainda requer mais estudos, uma vez que o plantio da muda feita da parte aérea (folhas e raízes) se torna mais vantajoso por não competir com a utilização do rizoma. O plantio por meio do rizoma é uma outra forma de propagar a araruta. O espaçamento pode variar de plantio mais adensados (0,30 x 0,30m) até menos adensados (0,60 x 0,60 m), mas o mais recomendado é o que se adapte à mecanização (quando o plantio for mecanizado). A adubação para cultivo da araruta deve ser feita por meio de NPK (40kg há-1) sendo dividida em 2 vezes (plantio e 60 dias após o plantio). Outro fator limitante a instalação da lavoura de araruta são as plantas daninhas, que inicialmente competem muito com a planta de araruta.
Doenças para a cultura da araruta ainda não foram observadas. Entretanto, algumas pragas atacam a cultura, principalmente lagartas desfolhadeiras.
A araruta já tem despertado interesse de agricultores familiares que encontraram fonte de renda em seu cultivo. No entanto, para mais consolidação da exploração comercial desta cultura, ainda são necessárias mais pesquisas e estruturação da sua cadeia produtiva.