BRASÍLIA (Reuters) – Os produtores de etanol do Brasil apresentaram ao governo federal propostas que estimulem e deem mais previsibilidade ao setor, entre elas diferenciais tributários e o estabelecimento de mandatos para o uso do biocombustível, baseados em limites de emissões dos combustíveis.
“No que diz respeito ao nosso setor, queremos discutir o que o mundo já discute, que é a questão de diferenciais tributários, que estimulem a produção de energia limpa e renovável. O mundo caminha nessa direção”, disse o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, após reunião com o presidente Michel Temer, nesta terça-feira.
A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, disse que essa e outra proposta apresentada pelo setor, que será debatida com o governo nos próximos 60 dias, é a ideia de se estabelecer mandatos para o setor, lastreados em limites para as emissões de gases.
Esse limite ajudaria a manter a previsibilidade na demanda e o papel na matriz energética de combustíveis renováveis, que geram menos emissões do que os combustíveis fósseis.
“Como você teria um limite de emissões, no fundo você gera mais competitividade para os combustíveis limpos”, disse Farina, que também participou da reunião no Palácio do Planalto.
“Na proposta que trouxemos, essa vinculação é com as emissões para a redução que o Brasil se comprometeu a atingir até 2030”, completou.
Os representantes do setor disseram que as propostas serão debatidas com o governo pelos próximos 60 dias, para depois, serem submetidos a uma consulta pública.
A reunião com Temer ocorreu logo após o lançamento oficial do programa RenovaBio, iniciativa que visa traçar políticas de longo prazo para o setor de biocombustíveis.
Fonte: Notícias Agrícolas