Na manhã desta segunda-feira (02), os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago operam em baixa, perdendo parte da alta de mais de 2 pontos consolidada na última sessão.
Às 9h15, no horário de Brasília, o vencimento dezembro/15 era negociado a US$ 3,80 por bushel, com quedas de 2 pontos. O contrato julho/16 também seguia em queda, com perdas de 2,25 pontos a US$ 3,99 por bushel. Os demais contratos apresentavam perdas de 2 pontos.
Na sexta-feira (30) as cotações futuras do milho encerraram em campo positivo exibindo uma correção técnica após perdas registradas recentemente, mas no inicio desta segunda os principais vencimentos voltaram a operar em baixa.
Segundo analistas, com a falta de novas informações, que possam alavancar os preços, a evolução dos trabalhos nos campos dos Estados Unidos acaba exercendo uma pressão sobre os valores praticados em Chicago.
No Brasil, com o feriado de Finados, as principais praças de comercialização não funcionam nesta segunda-feira.
Veja como fechou o mercado na sexta-feira (30):
Milho: Com alta do dólar e exportação aquecida, preços registram mais uma semana positiva no Brasil
Por Fernanda Custódio
A semana foi positiva aos preços do milho nos portos brasileiros e no mercado interno. No terminal de Paranaguá, a cotação acumulou alta semanal de 2,90%, com o preço da saca a R$ 35,50 nesta sexta-feira (30). Em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi mais expressivo, de 4,35%, com a saca do cereal cotada a R$ 24,00. Já na região de Não-me-toque (RS), a saca do grão registrou alta de 3,57%, com o preço a R$ 29,00.
A praça de Campo Novo do Parecis (MT) também registrou valorização, em torno de 2,63%, com a saca a R$ 19,50. Na região de Ubiratã (PR), a saca de milho subiu 2,08% e a cotação fechou a semana a R$ 24,50. Em Jataí (GO), o valor praticado ficou em R$ 25,00 a saca, com ganho de 2,04%. Na contramão desse cenário, em Tangará da Serra (MT), o preço recuou 2,44% e a saca terminou a sexta-feira negociada a R$ 20,00. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas a semana foi de estabilidade.
Os preços permanecem sustentados pela desvalorização do real frente ao dólar e o forte ritmo das exportações brasileiras acumuladas ao longo do mês de outubro. O câmbio fechou a sexta-feira a R$ 3,8628 na venda, com alta de 0,23%. O dólar registrou uma sessão volátil frente ao feriado prolongado e às incertezas políticas e econômicas no Brasil. Já o acumulado do mês indica uma desvalorização de 2,59% na moeda norte-americana.
Enquanto isso, os embarques brasileiros de milho somam no acumulado de outubro, 4.032,9 milhões de toneladas, conforme informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A média diária ficou em 252,1 mil toneladas do grão. Para essa temporada, a perspectiva tanto dos analistas como das consultorias privadas é que o volume exportado de milho seja recorde, podendo superar as 27 milhões de toneladas.
E, segundo explica o pesquisador do Cepea, Lucílio Alves, os line-ups dos navios nos portos brasileiros continuam favoráveis. Para o terminal de Santos, o volume a ser embarcado deve superar 1 milhão de toneladas de milho, já em Paranaguá, o número é próximo de 900 mil toneladas.
Inclusive ao longo dos últimos dias, fontes do mercado ressaltaram que a Bunge embarcou três navios de milho do Brasil para os EUA neste ano, movimento pouco comum, especialmente em meio à colheita de uma safra cheia no país.
“E considerando a redução na área destinada ao milho na safra de verão não há nada que indique uma pressão nas cotações. Também começamos com as especulações para a safrinha de 2016, que somente o clima irá definir o volume de produção. Por enquanto, os bons volumes embarcados dá poder de negociação aos vendedores e temos uma boa demanda interna, o que torna o contexto mais favorável aos vendedores”, explica o pesquisador.
De acordo com informações do Deral (Departamento de Economia Rural), até essa semana, o plantio da primeira safra do grão do Paraná alcançou 88% da área estimada para essa temporada, de 437,35 mil hectares. O estado deverá colher neste ciclo em torno de 3,77 milhões de toneladas de milho, contra os 4,65 milhões de toneladas colhidos na safra passada.
Paralelamente, a semeadura chega a 70% da área prevista para o Rio Grande do Sul, conforme dados da Emater. Cerca de 6% das plantações estão em fase de floração e 1% em enchimento do grão. “Embora tenha sido constatada uma maior incidência de pragas nas lavouras, não chegou a atingir o nível de dano econômico”, informou a entidade em nota.
Fonte (Notícias Agrícolas)