Sistema foi introduzido no início dos anos 90 no Brasil
Um conjunto de ferramentas e tecnologias que possibilita ao produtor conhecer toda a área para cultivo de maneira mais completa e que pode ajudar a aumentar o rendimento em até 67%. Essa é a denominada agricultura de precisão (AP).
O coordenador-geral de Tecnologia, Inovação e Recursos Genéticos do Mapa, Fabrício Vieira Juntolli, explica como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) utiliza da AP para o benefício da agricultura brasileira.
Segundo ele, a AP compõe um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variabilidade espacial e temporal da unidade produtiva e permite uma exploração mais racional dos sistemas produtivos, levando à otimização do uso dos insumos, ao aumento da lucratividade e da sustentabilidade e à minimização dos impactos ambientais.
No Brasil, a AP foi introduzida no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System), computadores de bordo e sistemas que possibilitavam a geração de mapas de produtividade. Os estados que mais usam a AP atualmente são Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Esse sistema permite a utilização de estratégias para resolver os problemas de desuniformidade nas lavouras. São práticas que podem ser desenvolvidas em diferentes níveis de complexidade e com finalidades distintas. Consequentemente, com esta tecnologia, torna-se possível a disponibilização de grande quantidade de dados específicos da cultura, que podem subsidiar a tomada de decisões e reduzir a incerteza do negócio. Este é um diferencial importante para garantir a competitividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro, uma vez que estudos informam que a combinação destas tecnologias agrícolas pode aumentar o rendimento global das lavouras em até 67%.