Nada que fugisse àquele comportamento típico de todo final de mês. Na quinta e última semana de abril, 17ª de 2022, acentuaram-se as perdas que o frango abatido vinha enfrentando desde os primeiros negócios da segunda quinzena
Como resultado, a semana foi encerrada com preços perto de 2,5% inferiores aos do fechamento da semana anterior e, o que é pior, com valor menor (-0,68%) que o alcançado no início do mês. Em fevereiro e março a diferença entre os preços do primeiro e do último dia do mês foram de, respectivamente, +12% e +22%.
Resultados tão díspares dão perfeita ideia do comportamento do mercado no mês de abril, especialmente na segunda quinzena do mês: apático, expondo claramente as condições do consumidor, ultimamente sem condições de alcançar nem mesmo um alimento com maior competitividade.
Sob tal panorama, quem também permaneceu apático foi o mercado de aves vivas, pois, na tentativa (infrutífera) de evitar a queda de preço do frango abatido, os abatedouros socorreram-se bem menos dos produtores independentes.
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Isso tem ocasionado algum retardamento na saída de lotes não programados, situação que redunda no aumento de peso das aves vivas ofertadas. Mesmo assim, a cotação básica permaneceu inalterada, registrando-se preços inferiores apenas em poucos casos específicos.
Apesar, no entanto, da forte desaceleração (especialmente em relação aos dois meses anteriores) tanto o frango vivo como o abatido registraram no mês resultados positivos, quer mensais, quer anuais. Em relação a março, ambos valorizaram-se mais de 8%. E comparativamente a abril de 2021, o preço do abatido foi corrigido em 27% e o do vivo em 36%.
O início de novo mês promete. Não apenas pela chegada dos salários, mas, sobretudo, pela comemoração, no próximo domingo, do Dia das Mães, considerado, comercialmente, a segunda data anual mais importante para o varejo. Ou seja: significativas melhoras devem ocorrer. A dúvida é quanto à consistência do mercado passada a data comemorativa.
Fonte: Avisite
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