No mercado do boi, preço segue enfraquecido já exportações voltam a se aquecer
Os preços do boi gordo seguem enfraquecidos no mercado do boi de São Paulo. Nesta parcial de maio (até o dia 9), o Indicador do boi CEPEA/B3 registra média de R$ 268,77, sendo 6% inferior à de abril de 2022 e 14% abaixo da de maio do ano passado, em termos reais.
Segundo pesquisadores do Cepea, além da recuperação na oferta de animais nestes anos recentes, a suspensão dos envios de carne bovina à China entre fevereiro e março deste ano alongou as escalas de muitos frigoríficos. Quanto ao pecuarista, com a chegada do outono, as condições das pastagens começam a ficar desfavoráveis, o que já tem levado pecuaristas a elevar a oferta de animais.
Agentes consultados pelo Cepea indicam que a atual tendência de queda nos preços do boi pode ser amenizada pelas exportações da proteína, que, neste mês, vêm apresentando desempenho intenso.
Segundo dados da Secex, foram escoadas 42,809 mil toneladas de carne bovina na primeira semana de maio. A média diária de embarques está em 10,702 mil toneladas, contra 6,9 mil toneladas em maio do ano passado. Caso esse ritmo diário se mantenha até o encerramento deste mês, o Brasil pode exportar mais de 230 mil toneladas, o que seria um recorde para o mercado do boi.
Na análise feita pelo Imea esta semana, “A quantidade de abates diários em abril de 2023 em Mato Grosso é a maior desde novembro de 2019. Ao todo, foram enviados 449,56 mil animais para o gancho e as fêmeas mantiveram-se na liderança do maior volume nas indústrias pelo 3º mês consecutivo e representaram 50,76% do total de animais destinados aos frigoríficos em abril de 2023”.
De acordo com análise do mercado do boi da semana anterior, “As exportações de carne bovina in natura somaram 110,34 mil toneladas em abril, volume 11,32% inferior ao mês de março de 2023 e expressivos 30% abaixo do de abril de 2022, conforme indicam dados da Secex. Trata-se, também, da menor quantidade de carne bovina in natura escoada pelo Brasil desde novembro de 2021, quando, vale lembrar, os envios da proteína à China, o principal destino da proteína nacional, estavam suspensos”.
Veja a tabela indicativa abaixo:
Por Daniele Balieiro com informações do Cepea
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