O mercado do etanol hidratado enfrenta uma significativa queda de preços, alcançando um patamar que não era observado desde setembro de 2022
Durante a primeira semana de julho, os indicadores apontaram uma baixa expressiva de 11,65%, refletindo a demanda desaquecida e a persistência de estoques anteriores. Mesmo com a vantagem de preços em relação aos combustíveis fósseis, o biocombustível não tem conseguido atrair compradores, levando alguns agentes de usinas a cederem nos valores de venda, sem obterem grande sucesso.
Neste início de julho ocorreu um impacto significativo no mercado do etanol hidratado. O Indicador do hidratado fechou em R$ 2,2398/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alcançando o menor valor desde 2022. A redução impressionante de 11,65% em relação à semana anterior indica uma desvalorização preocupante para o setor.
Apesar da relação de preços favorável do etanol hidratado em comparação aos combustíveis fósseis nas bombas, a demanda permanece desanimadora. Ainda que os consumidores possam economizar ao abastecer com biocombustível, o interesse não tem sido suficiente para estimular a compra. Esse cenário tem impactado diretamente na queda dos preços do etanol, levando alguns produtores a adotarem estratégias para atrair compradores.
Estoque acumulado dificulta a recuperação do mercado
Outro fator que tem contribuído para a queda dos preços é a presença de volumes de compras feitas anteriormente que ainda precisam ser retirados do mercado. O estoque acumulado representa um desafio para a recuperação do setor, pois adiciona pressão aos preços, tornando a situação ainda mais desfavorável.
Na tentativa de estimular as vendas, alguns agentes de usinas têm cedido no preço de venda do etanol hidratado. No entanto, essas concessões têm encontrado pouco sucesso diante da demanda desaquecida. A concorrência acirrada com outras fontes de energia e a falta de estímulos adequados têm dificultado a superação dos desafios enfrentados pelo setor.
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