No mercado do trigo, cotações no mercado externo e interno seguem recuando, confira a seguir:
As cotações do trigo estão atualmente traçando uma trajetória descendente tanto no mercado externo quanto no mercado interno. No mercado externo, conflitos estão modelando as cotações do trigo.
Após uma reação momentânea induzida pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, os preços se reacomodaram em baixa. Essa queda é sustentada pela conjugação de fatores como o avanço da colheita nos Estados Unidos, onde chuvas generosas refrescam as regiões produtoras norte-americanas, e a ascensão das exportações russas, que inundam o mercado com um volume significativo.
No Brasil, a sinfonia das cotações é ecoada por um conjunto de fatores próprios. Os elementos externos exercem seu papel, mas a disponibilidade ampla de trigo no país ganha protagonismo. A interação entre uma demanda contida e a compra pontual por parte dos moinhos reforça a atual tendência de queda. Além disso, a promissora safra em perspectiva está forjando um horizonte de preços mais acessíveis para os consumidores.
De acordo com os registros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a semeadura do trigo no Brasil se encontra em uma fase avançada. Até o dia 29 de julho, um impressionante índice de 99,7% das lavouras já havia sido semeadas. O compasso dessa atividade apenas aguarda a última, a ser concluída em Santa Catarina, com 93% das sementes já lançadas.
À medida que observamos as cotações do trigo cederem em âmbito global e nacional, é claro que as peças desse quebra-cabeça agrícola estão interligadas. As flutuações internacionais, ancoradas na colheita norte-americana e nas exportações russas, têm reflexos na realidade brasileira. No entanto, a ampla disponibilidade doméstica e a perspectiva de uma safra frutífera insuflam otimismo para os próximos passos do setor.
Mercado do Boi
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Por Daniele Balieiro/AGRONEWS®
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